Estado da Califórnia mira Walmart em processo contra despejo de lixo tóxico.

Mateus da Assunção Por Mateus da Assunção
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A questão da sustentabilidade é um problema que sensibiliza muitos governos e instituições privadas. Quando se fala de cultivar medidas de proteção ao meio ambiente, o desprezo pelas diretrizes estabelecidas em pactos comuns entre autoridades sempre gera polêmica e até mesmo revolta àqueles que estão envolvidos nas propostas em prol da causa.

Um caso recente na Califórnia pode surgir para confirmar essa problemática: a rede de supermercados Walmart, conhecida por suas filiais ao redor do mundo, estará enfrentando por parte do estado norte-americano um processo que visa punir a empresa por despejo de lixo tóxico. Segundo os autores da ação, haveria substâncias como pilhas e demais lixos eletrônicos sendo descartadas em grandes quantidades pelos estabelecimentos da marca, o que oferece perigo de contaminação.


                  O caso é delicado principalmente porque o estado é considerado pioneiro em reciclagem. Reprodução/ Market Research Telecast (MRT)

A situação é mais densa do que parece: durante inspeções realizadas em compactadores de lixo, os responsáveis encontraram materiais coletados de 2015 a 2021 que deveriam ter sido submetidos a tratamento especial. O processo teve entrada nesta segunda-feira (20) e, pelo que pode se deduzir da opinião do procurador-geral Rob Bonta, reproduzida pela revista Exame, a grande preocupação das autoridades é com o impacto que tais atitudes poderiam ter:

“Quando alguém joga fora uma bateria ou uma lata de fixador de cabelo pela metade, pensamos que não é grande coisa”, diz.

“Mas quando se trata de dezenas de milhares de baterias, materiais de limpeza e outros resíduos perigosos, o impacto sobre o meio ambiente e as comunidades pode ser enorme”.

Ainda vale lembrar que, segundo o estado, a empresa vem descartando 71 toneladas de lixo a cada ano somente por meio desses itens.   


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O Walmart retrucou, dizendo que todo seu material destinado ao despejo passa por fiscalização, tendo, desde 2010, 3800 inspeções sido realizadas. Acrescentou ainda que não teria enfrentado “qualquer penalidade por violações da lei de controle de resíduos perigosos” nesse período, provando que seus métodos demonstram eficácia.

 

Foto destaque: Fachada do Walmart na Califórnia. Reprodução/O Nego Viaja. 

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