O Estado Islâmico anunciou nesta quinta-feira (3) a morte de Abu Hussein al-Husseini al-Qurashi, líder do grupo terrorista. Conforme o comunicado, seu sucessor já foi escolhido, trata-se de Abu Hafs al-Hashimi al-Quraishi.
Abu Hussein al-Husseini al-Qurashi foi morto em um ataque contra as forças turcas em território sírio, em abril deste ano.
Posicionamento da morte veio após quatro meses
Em abril, o presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, já havia confirmado que as forças da Turquia mataram Abu Hussein, porém o grupo terrorista decidiu se pronunciar apenas nesta quinta-feira.
Abu Hussein al-Husseini al-Quraishi assumiu o comando do Estado Islâmico em novembro de 2022, depois que seu antecessor foi morto, também na Síria. O Estado Islâmico passa por uma crise financeira até então. O grupo terrorista atingiu o auge em 2014, quando o líder na ocasião, Abu Bakr al-Baghdadi, declarou o território que controlava, na Síria um califado. Porém, o grupo começou a ser derrotado por adversários tanto na Síria como no Iraque, incluindo uma coalizão liderada pelos Estados Unidos.
Abu Hafs al-Hashimi al-Quraishi assume o controle do grupo extremista na Síria. (Foto: reprodução/eldiario)
Origem do Estado Islâmico
O Estado Islâmico nasceu em 2003 quando o Iraque estava ocupado por tropas americanas após os atentados de 11 de Setembro. Seu fundador, Abu Musab al-Zarqawi, nascido na Jordânia, era responsável pelo grupo Al-Qaeda no Iraque. Por isso realizou inúmeros atentados contra civis muçulmanos no Iraque e na Jordânia. Suas ideias eram consideradas mais ambiciosas que as de Osama Bin Laden, pois Zarqawi pretendia convocar uma guerra santa, conhecida como jihad, e fundar o Estado Islâmico. Este teria como território países do Oriente Médio, como o Iraque, Síria, Jordânia, Israel, Palestina, norte da África e a Penísula Ibérica.
Abu Musab al-Zarqawi foi morto em 2006 pelas tropas americanas, mas seus ideais já haviam se espalhado e conquistado vários seguidores.
Foto Destaque: Estado Islâmico emite comunicado sobre a morte de Abu Husseini. Reprodução/Noticiasaominuto