Estudante saudita é condenada à prisão por usar conta do Twitter

Camila Andrade Por Camila Andrade
3 min de leitura

A estudante saudita Salma al-Shehab, 34, da Universidade de Leeds voltou para casa para cumprir férias, foi condenada à 34 anos de prisão por possuir uma conta no Twitter, além de seguir e retuitar ativistas. De acordo com o jornal The Guardian ela foi detida no país natal alguns dias antes de voltar para a Europa.

A saudita é mãe de dois filhos e foi condenada à três anos de prisão por utilizar um site da internet em detrimento de “causar agitação pública e desestabilizar a segurança civil e nacional”. Todavia, nessa segunda-feira (15), foi adicionado um pelo promotor de justiça, mudando a sentença de Salma al-Shehab, logo, ela foi condenada a cumprir uma prisão de 34 anos, além de ser proibida de realizar viagem em 34 anos por outros “supostos crimes”.


Salma al-Shehab o Marido e os dois filhos (Foto: Reprodução/Twitter)


Após a tradução do julgamento no tribunal, pelo The Guardian sobre as novas acusações, foi feita a alegação de que Shehab estava “ajudando aqueles que procuram causar distúrbios públicos e desestabilizar a segurança civil e nacional seguindo suas contas no Twitter e retwittando seus tweets”. Tal sentença é a mais longa fornecida à uma ativista de direitos das mulheres em Riad, segundo a Freedom Initiative.

Salma al-Shehab não era conhecida como ativista, tanto na Arábia Saudita como na Europa. Na sua conta do Twitter, havia 2 mil seguidores, no Instagram 159. Nas redes sociais, se descreve como higienista dental, educadora médica, estudante de doutorado na Universidade de Leeds e professora na Universidade Princess Nourah bint Abdulrahman, e como esposa e mãe de seus filhos, Noah e Adam.

As postagens consistia em tweets sobre Covid e fotos dos filhos, Shehab retuitava posts de ativistas sauditas que buscam pela lutam libertação de prisioneiros políticos. A estudante também parecia apoiar o caso de Loujain al-Hathloul, uma ativista feminista saudita que foi presa por apoiar as causas direcionadas às mulheres, supostamente torturada que segue proibida de viajar.

Fotos de destaque: Reprodução/Twitter 

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