Estudo revela relação entre ansiedade e doenças neurodegenerativas

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Um estudo divulgado pela revista científica “eBioMedicine” apontou que a ansiedade pode aumentar problemas relacionados à cognição em idosos, até mesmo naqueles que não apresentam demência, aponta que a ansiedade pode influenciar o aumento da deterioração cognitiva, necessitando de acompanhamento multidisciplinar em pacientes idosos.

O médico psiquiatra Flávio H. Nascimento ressalta o fato da ansiedade ser uma doença complexa que “demanda cuidados personalizados a depender de cada paciente, mas os cuidados requerem mais atenção quando ela vem associada a outras condições, como a demência”, diz Flávio H. Nascimento.


Médico psiquiatra, Flávio H Nacimento. (Foto: reprodução/MF Press Global)


Saiba o significado sobre a ansiedade

Ansiedade é uma reação temporária e normal do corpo a situações que causam medo ou preocupação, que atrapalha atividades do dia a dia ou outras, como, por exemplo, precisar fazer apresentação em público, passar por uma entrevista de emprego. Quando a ansiedade é intensa, pode indicar um transtorno de ansiedade como transtorno de ansiedade generalizada, transtorno de pânico ou fobia.

Em casos de sintomas frequentes ou intensos como os citados anteriormente, a recomendação é marcar uma consulta com o psiquiatra para uma avaliação precisa. Os principais sintomas da ansiedade são: preocupação constante, dificuldade para relaxar, para se concentrar, falta de atenção, alterações do sono, raciocínio confuso, assim como dor de cabeça e cansaço fácil.

Doenças neurodegenerativas

Por sua vez, as doenças neurodegenerativas, chamadas popularmente de demências, são condições que afetam o sistema nervoso, levando assim à degeneração progressiva e até mesmo irreversível das células nervosas, que geralmente se desenvolvem em pacientes idosos. Existem algumas alternativas para tratar a demência, sem necessariamente usar medicamentos, como, por exemplo, intervenções relacionadas ao cuidado personalizado, atividades físicas e recreativas, além de outros, que segundo especialistas resultam em alternativas promissoras para a qualidade de vida das pessoas que apresentam esse problema.

De acordo com Flávio Nascimento, é necessária uma atenção especial a respeito da relação entre ansiedade e demência apontada pelo estudo científico, uma vez que “não adianta tratar uma condição enquanto a outra piora”, diz. Ele ressalta que por conta disso recomenda acompanhamento de profissionais especializados e preparado para tratar os problemas relacionados à doença.”Sempre recomendo o acompanhamento com um neurologista, além do psiquiatra”, diz.  Para ele, com a influência negativa que a ansiedade pode causar à cognição de pacientes idosos, especialmente, um acompanhamento multidisciplinar se faz muito necessário.

 

Foto Destaque: idoso com demência. Reprodução/Pixabay

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