Nesta quinta-feira (19), o Departamento de Estado dos Estados Unidos emitiu um alerta para que os cidadãos americanos fiquem atentos à possibilidade de serem alvos de ataques terroristas.
No alerta, os Estados Unidos pedem que os cidadãos americanos mantenham atenção e cautela, em especial quando estiverem próximos a pontos turísticos. Entre as medidas a serem tomadas, o governo sugere que os americanos se inscrevam no Smart Traveler Enrollment Program (STEP), para receber alertas e informações. A inscrição também facilita a localização do inscrito em caso de emergências no exterior.
Apesar das orientações e de todo o mundo ter voltado a atenção nos últimos dias para o Oriente Médio e o conflito entre Israel e Hamas, o comunicado não cita o episódio.
Joe Biden é recebido pelo primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, no Aeroporto Internacional Ben Gurion, em Tel Aviv (Foto: Reprodução/Evan Vucci /AP Photo)
EUA temem represálias contra seus cidadãos
Após os Estados Unidos renovarem seu apoio histórico com Israel nesta quarta-feira (18), o país teme que seus cidadãos no exterior sejam alvo de violência, em especial durante protestos em frente às embaixadas. Joe Biden, presidente americano, viajou até a capital israelense e sua visita provocou protestos na região da embaixada americana na capital do Líbano, Beirute.
Para dispersar os manifestantes, as forças de segurança libanesas fizeram uso de gás lacrimogêneo e canhões de água. Ante o cenário, o Departamento de Estado alertou para que seus cidadãos não viajem para o Líbano esta semana. Desde quarta-feira (18), o Departamento de Estado emitiu alertas pedindo cuidado redobrado nesta sexta-feira (20). O alerta se dá por conta dos protestos marcados para a data em ao menos quatro países: Iraque, Omã, Malásia e Turquia.
O presidente dos EUA, Joe Biden, se encontra com o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu (Foto: reprodução/Evan Vucci / AP Photo)
Manifestações pelo mundo
Manifestações eclodiram na Cisjordânia palestina, ocupada hoje por Israel, assim como também no Irã, Jordânia, Líbano e na Tunísia. A indignação no Oriente Médio teve como gatilho a explosão em um hospital cristão em Gaza, com centenas de mortos nesta terça-feira (17).
O local era também usado como abrigo para parte da população de Gaza, receosa de ser alvo ao permanecer em casa. Autoridades palestinas creditaram a tragédia a um ataque aéreo israelense. Israel nega a autoria do ataque e até o momento a autoria é inconclusiva. Segundo o procurador-geral dos EUA, Merrick Garland, o Departamento de Justiça está monitorando o aumento de denúncias de ameaças contra comunidades árabes, muçulmanas e judaicas nos EUA. A declaração foi dada esta quinta-feira (19), na capital dos EUA, Washington.
Foto Destaque: O presidente dos EUA, Joe Biden, em visita a Tel Aviv, em Israel, durante guerra com o Hamas. 18/10/2023. Reprodução/Brendan Smialowski/AFP/Veja
