EUA e Reino Unido bombardeiam o grupo rebelde Houthis no Iêmen

Alexandre Kenzo Por Alexandre Kenzo
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Durante a madrugada desta sexta-feira (12), os Estados Unidos e o Reino Unido realizaram manobras de bombardeio contra o grupo rebelde Houthis, no Iêmen, um evento que foi ouvido na capital Sanaa e nas cidades em redor. É uma retaliação contra ataques que embarcações vem sofrendo desde o fim de 2023, e mais em específico contra o ataque do dia anterior, que utilizou drones e mísseis.

Estes ataques são uma resposta direta aos ataques houthi sem precedentes contra embarcações marítimas internacionais no Mar Vermelho – incluindo o uso de mísseis balísticos antinavio pela primeira vez na história,” afirmou o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden.

Os ataques do grupo Houthis tiveram como alvo embarcações no Mar Vermelho, onde se localiza uma das principais rotas marítmas de comércio global, conectando a Europa e a Ásia. Tratou-se do maior ataque desde quando o grupo começou as tentativas de ataque, em 19 de novembro do ano passado.


O mar vermelho possui uma das principais rotas marítimas globais.

O mar vermelho possui uma das principais rotas marítimas globais. (Foto: reprodução/g1)


Vinte e seis ataques

No total, o grupo Houthis já realizou 26 ataques no Mar Vermelho. Neste o último, os Estados Unidos disse que foram abatidos:

  • 18 drones;
  • 2 mísseis antinavio (de cruzeiro);
  • 1 míssil antinavio (balístico).

Tomaremos as medidas necessárias para proteger vidas inocentes e a economia global,” afirmou o ministro da Defesa britânico Grant Shapps, anunciando que o grupo militante “arcará com as consequências.

Ainda de acordo com os Estados Unidos, é possível que o Irã esteja envolvido com os ataques realizados nas últimas semanas. 

Protesto contra Israel

De acordo com relatos divulgados, os ataques sem precedentes do grupo Houthis foram iniciados em protesto à guerra de Israel e Hamas, aproximadamente um mês depois do início do conflito, no começo de outubro. A interrupção do comércio entre a Europa e a Ásia por essa rota comercial, também conhecida como o Canal de Suez, corta cerca de 15% do tráfego marítimo mundial.

Até o momento, os integrantes do Houthis no Iêmen afirmaram que apenas cessariam os ataques às embarcações caso Israel interrompa o conflito em Gaza – e que caso os Estados Unidos interviesse, os drones e mísses seriam direcionados também às forças estadunidenses. A proclamação causa medo de especialistas de que a guerra Israel-Hamas possa se expandir para além da região.

 

Foto destaque: vista do disparar de mísseis no Mar Vermelho (Reprodução/Reuters/Ministério da Defesa do Reino Unido)

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