O ex-juiz Sergio Moro (União Brasil) virou réu após uma ação popular promovida por deputados do PT na Justiça Federal do Distrito Federal. A primeira petição foi realizada em 27 de abril e recebida pelo juiz Charles Renaud Frazão de Morais nesta segunda-feira (23), determinando uma citação para Moro.
Na ação movida, os deputados solicitam que moro seja condenado a ressarcir os cofres públicos por conta dos prejuízos causados à Petrobras durante a sua atuação da Lava Jato. Na petição inicial não foi definido o valor da indenização que Moro deverá pagar caso seja acusado.
Partido dos Trabalhadores (Foto: Reprodução/paraibaradio)
Na petição inicial, os autores da ação contra o ex-juiz – os deputados Rui Falcão, Erika Kokay, Natalia Bonavides, José Guimarães e Paulo Pimenta – contam que, durante a atuação como juiz da Lava-Jato, Sergio Moro teve “condutas atentatórias ao patrimônio público e à moralidade administrativa, as quais tiveram severos impactos na economia do país e em sua estabilidade democrática institucional”.
Além disso, os deputados também afirmam que “os desvios de finalidade, os excessos e abusos” cometidos ao longo da operação Lava Jato produziram “um cenário de desarranjo econômico de altíssimo custo social em nosso país”.
A Operação Lava Jato teve seu início em 2014. Foi uma força-tarefa de combate contra a corrupção e lavagem de dinheiro na Petrobras. Grande parte das ações foram tramitadas na 13ª Vara Federal Criminal de Curitiba, que tem como especialidade crimes financeiros e lavagem de ativos, onde Moro era juiz titular.
As investigações que foram realizadas pela Polícia Federal revelaram a existência de uma quadrilha que é especializada em lavagem de dinheiro. O doleiro Alberto Youssef era apontado como um dos líderes do grupo.
De acordo com o Ministério Público, a operação devolveu R$ 4,3 bilhões aos cofres públicos e condenou 174 pessoas em 1ª e 2ª instância. O esquema causou um prejuízo de R$18 bilhões à Petrobras.
Foto destaque: Ex-juiz Sergio Moro. Reprodução/G1