Ex-refém israelense diz ter confrontado líder do Hamas em cativeiro

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Yocheved Lifshitz, de 85 anos, relatou ter conhecido Yahya Sinwar,  líder do Hamas, enquanto era mantida como refém em um túnel subterrâneo na Faixa de Gaza. Lifshitz afirma ter confrontado o líder do grupo terrorista perguntando se ele não tinha vergonha de ter agido violentamente contra ativistas pacifistas como ela. 

Em entrevista para o  jornal israelense Davar, Yocheved afirmou que o líder do Hamas teria visitado o cativeiro em que  os reféns eram mantidos dias depois do início da guerra, no dia 7 de outubro. 

“Sinwar esteve conosco três ou quatro dias após nossa chegada”, relatou Lifshitz. Ela  ainda contou detalhes sobre o diálogo que teve com o líder do Hamas: “eu lhe perguntei como ele não tem vergonha de fazer tal coisa com pessoas que durante todos esses anos apoiaram a paz”. 

 Em resposta, segundo o relato da ex-refém, Sinwar não teria respondido às suas indagações. “Ele não respondeu. Ficou em silêncio”, relatou a entrevistada ao jornal israelense Davar. 

Yocheved Lifshitz, a ex-refém do Hamas 

Yocheved Lifshitz foi sequestrada por integrantes do Hamas no último dia 7 de outubro, data do primeiro ataque do grupo terrorista contra Israel. Ela e o marido, Oded, de 83 anos, foram capturados dentro de casa no Kibbutz Nir Oz, em território israelense. O casal foi levado, junto com outros reféns, a um cativeiro em Gaza. 

Lifshitz foi libertada duas semanas depois do primeiro ataque,  seu marido segue sequestrado pelo Hamas. Antes do início da guerra, o casal ajudava palestinos doentes em Gaza a chegarem aos hospitais israelenses, contou o neto de Lifshitz à agência internacional de notícias Reuters.


Yocheved Lifshitz e seu neto seguem na luta para libertação do marido e avô, Oded Lifshitz. (Foto: reprodução/REUTERS)


A ex-refém relata momentos no cativeiro

Em entrevista, Lifshitz relembra que “passou por um inferno”. Ela contou que foi espancada durante o momento do sequestro, no dia 7 de outubro, mas que teria sido bem tratada enquanto ficou no cativeiro em Gaza. 

Após ser libertada, com outras três mulheres duas semanas após o início da guerra, Lifshitz apertou a mão do integrante de Hamas que estava mascarado. E, ao ser questionada do motivo do cumprimento,  ela ressaltou que os reféns foram tratados com “gentileza” e que os terroristas teriam atendido todas as “necessidades” dos sequestrados.

 

Foto destaque: Yocheved Lifshitz, de 85 anos, durante entrevista sobre momentos em cativeiro do Hamas (Reprodução/REUTERS)

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