A falsificação de documentos de vacinação nos Estados Unidos é considerada um crime federal, de acordo com acadêmicos do direito da saúde. O professor de direito Christopher Robertson, da Boston University, explica que a falsificação de registros de saúde é considerada um crime sério nos EUA, pois afeta a confiança das pessoas no sistema de vacinação como um todo, colocando-o sob suspeita.
Recentemente, a Polícia Federal fez buscas na casa do ex-presidente Jair Bolsonaro em Brasília devido a suspeitas de fraude nos cartões de vacinação de Bolsonaro e sua filha de 12 anos. A fraude teria ocorrido pouco antes da família viajar para os EUA, em 21 de dezembro de 2022.
O crime de falsificação de prova de vacina pode ter diferentes penalidades nos EUA, dependendo das circunstâncias. Se a certificação falsa for anexada a um site do governo dos EUA ou enviada por correio, a pena pode chegar a 20 anos de prisão. Se o cartão falso for apresentado a um oficial de imigração dos EUA, a pena pode ser de até 5 anos de reclusão, pois é proibido apresentar declarações falsas a funcionários do governo federal.
Em 2021, houve casos de pessoas presas nos EUA por falsificação de registro de vacinação. Em julho daquele ano, uma médica na Califórnia foi presa e processada por promotores federais por vender cartões com falsos comprovantes da vacina da Moderna. Em abril de 2022, dezenas de funcionários da rede de ensino público de Nova York foram afastados por apresentar certificados falsos. Em janeiro de 2023, um cirurgião plástico em Utah foi processado por vender certificados falsos de vacinação, equivalentes a quase 2.000 doses de vacina.
Vacinas da Covid (Reprodução/ EUN)
Em resumo, a falsificação de documentos de vacinação é considerada um crime sério nos Estados Unidos, com penalidades graves, incluindo possíveis penas de prisão. Os casos recentes de prisões por falsificação de registro de vacinação mostram que as autoridades estão atentas a esse problema e estão trabalhando para garantir a integridade do sistema de vacinação.
Foto em destaque: Reprodução: PEBMED.