O Equador vive um momento tenso em meio a época de eleição presidencial. A candidata Luisa González, candidata à presidência que venceu o primeiro turno e irá disputar o segundo no dia 15 de outubro, revelou que recebeu ameaças de morte em sua campanha. A política, associada à esquerda do país, aceitou obter proteção militar em período eleitoral, que já contou até mesmo com o assassinato de um dos candidatos.
Favorita a ganhar
González ficou com 34% dos votos no primeiro turno da eleição, liderando contra os demais candidatos. Em segundo lugar veio Daniel Noboa, direitista que ficou com 23% dos votos e disputou o segundo turno com ela. Sendo favorita a ganhar, a candidata aceitou a proteção extra, afirmando que “está usando um colete a prova de balas” a todo momento.
Fernando Villavicencio, candidato à presidência assassinado no último mês. (Foto: Reprodução/Rodrigo Buendia/Getty Images)
Eleição já teve mortes
Há cerca de um mês, o candidato Fernando Villavicencio, jornalista investigativo que ocupava o terceiro lugar nas pesquisas de intenção de voto, foi assassinado logo após sair de uma comissão em Quito, capital do país. Desde então, a atenção tem sido redobrada aos demais candidatos.
Na mesma nota em que anunciou a proteção, González revelou que a promotoria investiga um possível atentado à sua vida, com uma pessoa supostamente anunciando que teria bombas e teria ameaçado a candidata. Noboa também denunciou ameaças contra a sua vida, até mesmo chegando a usar um colete a prova de balas no debate presidencial.
O Equador é considerado um dos países mais perigosos da América Latina, e vem tendo problemas especialmente no período eleitoral. Um ataque terrorista com dois carros bomba ocorreu durante a última semana em Quito, visando atingir o órgão de controle penitenciário. Os ataques estão geralmente ligados a gangues de tráfico, que tem influência e controle nas prisões do país. As penitenciárias também têm registrado motins dos presos nas últimas semanas.
Foto destaque: A candidata Luisa González. Reprodução/Diário de Vanguarda/GettyImages