Fim de Mandato de dois diretores do BC é marcado por indefinição

Afernandes Por Afernandes
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Termina nesta terça-feira (28), o mandato de dois diretores do Banco Central. Bruno Serra, diretor de política monetária, e Paulo Sergio Neves de Souza, diretor de fiscalização.


 

Foto: A indicação dos novos integrantes será feita pelo presidente da República. (Reprodução/ correiobraziliense.com.br).


O fim da gestão deles deixa uma indecisão, de quem serão os novos nomes indicados para substituí-los. Bruno Serra, ocupa cargo de extrema importância dentro da instituição. A diretoria de política monetária é considerada o “braço” do Banco Central no mercado financeiro.

Essa diretoria tem um papel de comandar as mesas do BC e a administração da liquidez doméstica.  Fazendo com que as taxas de juros de curto prazo possam ficar em torno da meta que o Copom define.

Ela também é responsável por cuidar do mercado cambial e administrar reservas internacionais. Ou seja, esse cargo executa a política monetária do CMN (conselho monetário nacional), que define a meta de inflação e pelo Copom (comitê de política monetária), delibera a cada 45 dias como perseguir essa meta. Executando assim as mais importantes ações do BC, visando sobre tudo cuidar dos preços do país, e da capacidade de renda das pessoas para comprar serviços e bens, os chamados ‘economeses’. Essa diretoria é considerada essencial na definição da taxa Selic.

A outra vaga trata se da diretoria de fiscalização, esta é considerada uma função mais técnica e que geralmente costuma ser ocupada por um funcionário da própria instituição.

A indicação dos novos integrantes será feita pelo presidente da República, que é responsável designar os integrantes da Diretoria Colegiada do Banco Central, composta por seu presidente e mais oito diretores. Os escolhidos passam por uma sabatina no Senado e em seguida, precisam ser aprovados pelo plenário da casa. Os mandatos são fixos por quatro anos, e não devem coincidir com o mandato do presidente. Esta regra foi criada para evitar trocas arbitrárias durante o governo, por motivos políticos.  Pela Lei o presidente do BC assume cargo em 1°de janeiro do terceiro mandato do presidente da república. Os demais diretores são substituídos de maneira escalonada, de dois em dois anos.

A escolha para a cadeira da diretoria de política monetária   é considerada como um desafio para o novo governo, uma vez que o Presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva (PT), vem criticando publicamente a política de juros da economia que está em 13,75% e a metas de inflação adotada pelo presidente do BC Roberto Campos Neto.

 Esta diretoria exige um profissional do mercado financeiro, alguém com origem acadêmica, ou oriundo do setor público, como por exemplo alguém mesmo que tenha feito carreira no próprio BC.  O presidente que dois nomes para contrapor o Campos Neto.

Em entrevista na manhã desta segunda-feira (27), o Ministro da Fazenda Fernando Haddad, a decisão quanto a ocupação destes cargos não sairá esta semana. Uma vez que, o governo encontra se envolto a discursões sobre a volta da cobrança de impostos federais sobre o álcool e a gasolina.

Foto destaque: o mandato de dois diretores do Banco Central termina nesta terça- feira e deixa indecisão.   (REPRODUÇÃO/ Agência Brasil)

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