Flordelis é flagrada com dinheiro nas partes íntimas após visita em presídio

Alexandre Muniz Por Alexandre Muniz
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Flordelis foi flagrada por agentes penitenciários com dinheiro escondido nas partes íntimas e anotações na parte de dentro da calça. O caso teria ocorrido no dia 4 de outubro. Flordelis é investigada pela participação no assassinato do pastor Anderson do Carmo, seu ex-marido. Ela voltava de uma visita semanal dentro da penitenciária Talavera Bruce, no Complexo de Gericinó, em Bangu, Zona Oeste do Rio de Janeiro, e alegou que o dinheiro seria para quitar dívidas com outras presas e agentes penitenciários.

Segundo a inspetora Fabiana Borges Ribeiro, o comportamento de Flordelis era suspeito quando passava pelo compartimento do scanner corporal, tentando tirar alguma coisa da calça enquanto retornava da visita. Flordelis foi encaminhada para outro setor e,  segundo a agente da Seap (Secretaria de Estado de Administração Penitenciária), ela confessou que carregava dinheiro escondido, quando tirou uma quantia de R$ 72 de suas partes íntimas. Em seguida, noutra revista pessoal, foram encontradas anotações de números de telefones de advogados na parte de dentro da calça, relatou Fabiana.

A alegação de Flordelis a Polícia Civil é que desde maio vem sofrendo extorsão, quando ela recusou receber um telefone celular de outras presas, desde então agentes e internas do presídio estariam a pressionando. No dia 11 de maio foi encontrado um celular em sua cela, e a defesa da ex-deputada alegou que usou apenas uma vez o aparelho, e isso bastou para as ameaças começarem.

Segundo a Seap do Rio de Janeiro, Flordelis foi encaminhada para isolamento quando a falta disciplinar foi descoberta, mas por recomendação médica a punição foi suspensa.


Flordelis aparece sem maquiagem e peruca em foto do sistema prisional do Rio de Janeiro (Foto: Reprodução/Câmara dos Deputados)


“Assim, após resistências da comunicante (Flordelis) contra atos de infrações graves, algumas internas, em conluio com agentes penitenciários, passaram a exigir pagamentos por parte da noticiante a título de taxas de pedágio, estada, dentre outras denominações, todas com a finalidade de extorquir a noticiante com graves ameaças”, alegou a defesa de Flordelis, após uma investigação ser aberta para investigar o caso.

Flordelis alega que o dinheiro encontrado em suas partes íntimas seria para fazer outro pagamento as presas e agentes que continuaram com as ameaças. As ameaças sofridas após o caso do celular, teriam convencido a ex-deputada pedir a sua família que enviasse as transferências bancárias via PIX para uma conta, que suspostamente é de Garcia Pacheco, pessoa quem a polícia ainda não descobriu a ligação com o crime.

A pastora alega que os suspeitos responsáveis pela sua extorsão seriam duas agentes penitenciárias, identificadas como Fabiana e Vivian, e o agente Leandro. Flordelis também acusa outras duas internas no crime, Tião e Erica Lopes, que estariam envolvidas na suposta extorsão.

Foto Destaque: Flordelis em depoimento no caso do assassinato do pastor Anderson do Carmo. Reprodução/Fernando Frazão/Agência Brasil

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