Depois das fortes chuvas que atingiram a costa leste da África do Sul na última quarta-feira (13), equipes de resgate continuam as buscas por dezenas de pessoas dadas como desaparecidas depois que enchentes devastadoras mataram mais de 300 pessoas e destruíram estradas, pontes e casas em Durban.
Milhares de pessoas ficaram desabrigadas, estradas e pontes foram fechadas e pelo menos 248 escolas foram danificadas pelas piores chuvas em mais de 60 anos. Além disso, uma ponte perto de Durban foi varrida, deixando as pessoas presas em ambos os lados.
Imagens dos contêineres arrastados pelas chuvas. (Foto: Reprodução/MetSul)
Apesar de vários especialistas em clima alertarem que níveis apocalípticos de chuva caíam na região ao longo de vários dias, na maior tempestade já registrada no país, o desastre pegou as autoridades sul-africanas despreparadas, ao contrário de países vizinhos como Moçambique, que são atingidos por tempestades tropicais todos os anos.
Algumas áreas receberam cerca de 450 milímetros de chuva em apenas 48 horas, respondendo por quase metade das chuvas anuais, de acordo com dados do serviço meteorológico.
KwaZulu-Natal experimentou chuvas extremas desde segunda-feira no que o governo provincial chamou de “uma das piores tempestades meteorológicas da história do nosso país” em um comunicado publicado no Facebook.
A tempestade obrigou o maior porto da África subsaariana a interromper suas operações, já que a principal estrada de acesso sofreu grandes danos. Com a força das águas, os contêineres se transformaram em montanhas de metal. A Igreja Metodista Unida no município de Clermont foi reduzida a escombros. Quatro crianças de uma família do bairro morreram depois que um muro desabou sobre elas.
Após uma breve pausa sem chuva nesta quinta-feira (14), a chuva deve retornar às mesmas áreas na sexta-feira e continuará durante o fim de semana, à medida que uma frente fria atinge o leste do país.
Foto destaque: Milhares de casas se tornaram apenas escombros depois da tempestade. Reprodução/Vermelho.org.