França e União Europeia podem contribuir para o Fundo Amazônia

Raphael Klopper Por Raphael Klopper
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Depois da chegada de Catherine Colonna, ministra francesa das Relações Exteriores, em Brasília nesta quarta-feira (08/02), a diplomata francesa deu uma notícia animadora ao afirmar que, não apenas o governo Francês, mas toda União Europeia estudam atualmente a possibilidade de poder contribuir para o Fundo Amazônia.

Colonna em seu depoimento apontou o quanto o governo Francês reconhece a importância que a Amazônia tem em nível global e que já se preparam junto a União Européia visando meios de ajudar financeiramente o Brasil por meio do Fundo Amazônia, que poderá vir na forma de aumentar recursos do Fundo através de uma contribuição bilateral.

Gostaria de enfatizar a importância que damos ao Fundo Amazônia. A França estuda a possibilidade de uma contribuição bilateral, bem como a União Européia estuda a possibilidade de uma contribuição”, disse Colonna.

Para compreender a situação atual, o Fundo Amazônia atualmente é bancado por países como a Alemanha (R$ 192 milhões) e Noruega (R$ 3,1 bilhões), dinheiro que financiam projetos para a preservação da floresta e visam um futuro desenvolvimento sustentável da região. Porém, o Fundo havia sido congelado pelo governo de Jair Bolsonaro, desestruturando órgãos de controle e fiscalização nas áreas ambientais.

Mas logo após Lula assumir o governo esse ano, o presidente prometeu que retomaria o funcionamento do Fundo, pedindo parcerias com outros países para apartarem o congelamento que levou a tanto prejuízo. Marina Silva, ministra do Meio Ambiente, no mesmo período noticiou que os recursos ajudariam a minimizar a atual tragédia que o povo Yanomami sofre. A Amazônia atualmente passa pelo seu pior período de desmatamentos em 15 anos, sem contar o maior número de incêndios em 10 anos e a maior taxa de gases poluentes em 16 anos.


Ministra Francesa Catherine Colonna em apresentação em Brasilía (Foto: Reprodução / Poder 360)


A vinda da ministra Colonna marca exatamente essa retomada de relações com aliados exteriores como a França. E junto a ela, Mauro Vieira, chanceler brasileiro, afirma que a colaboração Francesa no Fundo Amazônia veio em boa hora.

Houve reações muito positivas de alguns países quanto ao Fundo Amazônia, e que esperamos que seja reativado plenamente, que possa ser utilizado para o financiamento de projetos importantes para o desenvolvimento sustentável da Amazônia. E, evidentemente, a França é muito bem-vinda em todo tipo de colaboração, de cooperação e também com participação no Fundo Amazônia.” – disse Vieira.

Junto a isso, o chanceler também notificou um convite a ser feito pelo presidente Lula para a vinda do presidente francês Emmanuel Macron ao país e sua participação da cúpula dos países amazônicos dizendo:

Nossos países são parceiros tradicionais e devem trabalhar de forma coordenada na agenda do meio ambiente, mudança de clima e transição energética. Ressaltei a intenção do Brasil de retomar seu tradicional protagonismo nas discussões internacionais sobre meio ambiente. Tratamos questões relativas ao regime de mudança de clima, que tem o acordo de Paris como um de seus principais instrumentos. Destaquei também em particular a necessidade de financiamento climático adequado aos países em desenvolvimento. A respeito do combate ao desmatamento da Amazônia, reforcei o compromisso do Brasil em zerar o desmatamento ilegal até 2030

Muitos já tomaram a visita da ministra francesa como um preparativo para a inevitável vinda de Macron ao Brasil, prevista para o primeiro semestre. Enquanto isso, a ministra depois de Brasília segue para São Paulo.

 

Foto Destaque: Desmatamento na Amazônia

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