A Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) após uma nova sondagem identificou que o preço médio da gasolina, do diesel e também do gás de cozinha voltaram a registrar mais uma alta nas revendedoras de combustíveis do país.
A gasolina subiu em média 3,33% o litro nas duas últimas semanas. O preço estava em torno de R$ 6,11 e foi para R$ 6,32. Esta é a décima primeira alta seguida que a gasolina registra (contando com as altas e estabilidade).
A gasolina de acordo com a ANP subiu 40% o litro médio no ano. Ruim para o consumidor final, essa alta fez com que o preço do combustível fosse vendido a mais de R$ 7,00 o litro em algumas regiões do país.
Os Estados em que a gasolina passou dos R$ 7,00 foram: R$ 7,49 (Rio Grande do Sul), R$ 7,39 (Rio de Janeiro), R$ 7,15 (Piauí), R$ 7,17 (Minas Gerais), R$ 7,04 (Mato Grosso) e R$ 7,30 (Acre).
A Câmara dos Deputados aprovou o projeto de lei que muda o valor do ICMS cobrado sobre o preço dos combustíveis. (Foto: Reprodução/veja.abril.com.br)
Já o diesel, acumula uma alta de 37,99% nas bombas. A Agência Nacional do Petróleo informou que nas duas últimas semanas o preço do combustível registrou um pequeno aumento de 0,3%, e já é vendido a R$ 4,97.
O botijão de cozinha de 13kg registrou mais uma alta e preço passou dos R$ 100,00. De acordo com a agência reguladora, na semana passada o preço do gás era vendido a R$ 100,44. Se comparado com o preço comercializado de R$ 98,67, a alta é de 1,79%.
No ano, o gás de cozinha acumula alta de 34,36%. Conforme a ANP, em 19 capitais o produto já é vendido a mais de R$100,00. O maior preço médio está Mato Grosso, onde o botijão está, em média, custando R$ 120,16.
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A influência do preço dos combustíveis está na cotação do barril de petróleo no mercado internacional e também no preço do dólar. Internamente, a diferença de preço entre os estados é devido à tributação que varia nos entes federativos, além dos custos de logística na distribuição dos combustíveis pelas regiões.
A Câmara dos Deputados aprovou no dia 13 de abril por 392 votos favoráveis, 71 contrários e duas abstenções o projeto de lei que altera a alíquota do ICMS (imposto que incide sobre a circulação de mercadorias e serviços) cobrado no preço dos combustíveis. Mesmo assim essa nova alta foi registrada porque o projeto ainda não estou em vigor.
O imposto hoje corresponde a uma porcentagem que varia entre 25% e 34% e o custo que incide sobre o preço da venda da gasolina e de 12% a 25% sobre o diesel.
A alíquota é baseada sobre o Preço Médio Ponderado ao Consumidor Final (PMPF). Valor este de referência calculado pelos entes a cada 15 dias.
Caso a nova regra aprovada, o ICMS cobrado em cada estado terá um valor fixo e será calculado com base no preço médio dos combustíveis nos dois anos anteriores. Mas, para o projeto ser transformado em lei é preciso ser aprovado também no Senado e ser sancionado pelo presidente Jair Bolsonaro.
Foto destaque:Reprodução/ oglobo.globo.com