O Google, que é administrado pela empresa Alphabet, terá que pagar por volta de US$ 400 milhões por conta de alegações apresentadas por 40 estados americanos de que a instituição rastreou de forma ilegal a localização de usuários. De acordo com a agência Reuter, além de ter que efetuar o pagamento, o Google deverá ter mais transparência e fornecer informações detalhadas sobre os dados de rastreamento de localização.
Um caso semelhante contra o Google aconteceu no Arizona em outubro deste ano e o processo foi resolvido em US$ 85 milhões. Texas, Indiana, Estado de Washington e o Distrito de Columbia também processaram a empresa alegando práticas enganosas de rastreamento que invadem a privacidade dos usuários.
As investigações duraram quatro anos de acordo com os procuradores gerais e esse foi o maior acordo de privacidade já feito pelos Estados Unidos. O acordo também prevê que a empresa seja mais transparente em relação ao rastreamento a partir de 2023. A localização dos usuários é importante para ajudar um anunciante a cortar a desordem digital e tornar o anúncio mais relevante e chamar a atenção do consumidor.
A localização dos usuários é importante para empresas que tentam aumentar o alcance dos seus anúncios (Foto reprodução: Verifact)
“Quando o consumidor toma a decisão de não compartilhar a localização em seus dispositivos, ele deve ser capaz de confiar que a empresa não rastreará mais todos os seus movimentos”, afirmou o procurador de Iowa, Tom Miller.
“Este acordo deixa claro que as empresas devem ser transparentes na forma como rastreiam os clientes e cumprem as leis de privacidade estaduais e federais”. Complementou o procurador.
Jose Casteneda, porta-voz do Google, afirmou: “Consistente com as melhorias que fizemos nos últimos anos, resolvemos essa investigação baseada em políticas de produtos desatualizadas que alteramos anos atrás”.
No primeiro semestre de 2022, o Google teve receita de US$ 111 bilhões com publicidade, números maiores do que qualquer outro vendedor de anúncios online.
Foto destaque: Google terá que ser mais transparente em 2023. Reprodução/G1