Governo anuncia novo salário mínimo para 2024

Isabella Garcia Por Isabella Garcia
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Acertando a previsão de economistas, o Governo Federal definiu o valor do novo salário mínimo: R$ 1.412. O reajuste passa a valer a partir do dia 1º de janeiro, e o pagamento começará a ser feito em fevereiro do ano que vem. A meta anterior do governo, definida na proposta de orçamento anual, era de R$ 1421. O aumento é de R$ 92 a mais do que o salário mínimo atual. O presidente Lula tem até o dia 31 para editar um decreto estabelecendo o valor.

O cálculo do salário mínimo

De acordo com a nova política de valorização do salário mínimo, criada pelo governo Lula e aprovada pelo Congresso Nacional, o salário mínimo deve ser calculado considerando dois fatores: o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) e o Produto Interno Bruto (PIB). O INPC deve ser referente à inflação acumulada de novembro até 12 meses antes, e o PIB com base em seu crescimento real, considerando dois anos passados.

O INPC foi divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na semana passada, e atingiu 3,85%. Já o PIB relativo a 2022 foi de 3%, com o valor já corrigido. Considerando isso, o cálculo chegou ao resultado arredondado de R$ 1421.


Carteira de Trabalho digital

Carteira de Trabalho digital (Foto: reprodução/Marcelo Camargo/Agência Brasil)


Importância do aumento do salário mínimo

Em 1940 foi instituído o salário mínimo pelo presidente Getúlio Vargas, que assegurou aos trabalhadores brasileiros melhores condições de vida. Desde então, a política do salário mínimo passou por algumas transformações, e nem sempre acompanhou o crescimento real da economia.

A política de valorização do salário mínimo, implantada sobretudo nos governos petistas, foi importante para o aumento do poder aquisitivo dos trabalhadores brasileiros. Entretanto, esse aumento também acarreta em mais contas para o governo, uma vez que os benefícios previdenciários devem ficar, no mínimo, no mesmo patamar que o salário mínimo. Economistas estimam que, para cada R$ 1,00 de aumento, gasta-se R$ 398 milhões nas contas públicas.

Foto Destaque: ilustração de cédulas do real (Reprodução/Freepik)

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Estudante de Jornalismo pela Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP). Adora política e gosta de ouvir lo-fi hiphop enquanto escreve as matérias para o inMagazine.
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