Após a passagem do ciclone extratropical e as intensas chuvas que afetaram a Região Central do estado, no início desta semana, nove residentes da cidade de Muçum, no Rio Grande do Sul, estão desaparecidos. A informação foi divulgada pela Defesa Civil estadual na noite de quarta-feira (6).
Houve uma revisão no número de mortes registradas na cidade, que inicialmente era de 15 óbitos, mas foi corrigido para 14. Muçum é a localidade com o maior número de mortes após a passagem do ciclone.
Nesta quarta-feira (6), os corpos das vítimas de Muçum e de Roca Sales foram encaminhados ao Departamento Médico Legal de Porto Alegre para fins de identificação.
A Defesa Civil não tornou público os nomes das pessoas desaparecidas. Além das estatísticas estaduais, várias prefeituras têm recebido relatos de indivíduos que ainda não foram localizados por seus familiares. Em Estrela, localizada no Vale do Taquari, a prefeitura divulgou uma lista nesta quarta-feira com mais de 30 nomes de pessoas que estão sendo consideradas desaparecidas.
Impacto da tragédia climática nas cidades
Confira o total de mortos em cada cidade atingida:
- Cruzeiro do Sul – 3
- Encantado – 1
- Estrela – 2
- Ibiraiaras – 2
- Lajeado – 3
- Mato Castelo – 1
- Muçum – 14
- Passo Fundo – 1
- Roca Sales – 9
- Santa Tereza – 1
Cidades mais afetadas
O mapa apresenta as localidades onde foram registradas fatalidades durante o ciclone no RS (Foto: Reprodução/G1)
Com uma população de pouco mais de 4,6 mil habitantes, a pequena cidade de Muçum enfrentou com grande intensidade os desdobramentos das chuvas intensas. As vias foram completamente submersas pela água, transformando o município em um cenário de inundação. Segundo informações das autoridades, a enchente atingiu mais de 85% da área da cidade, afetando não apenas residências, mas também escolas, lojas, o hospital e até o cemitério.
As trágicas perdas de vidas registradas no Rio Grande do Sul já ultrapassaram o registro da pior catástrofe natural das últimas quatro décadas no estado, quando 16 pessoas perderam suas vidas em um evento semelhante em junho.
Foto destaque: REUTERS/Diego Vara/G1