A mudança ocorre em meio à adaptação do palácio para receber o petista, que se queixou de segurança depois dos ataques golpistas no último dia 8. Desconfianças motivaram o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) a dispensar 40 integrantes das Forças Armadas que atuavam no Palácio da Alvorada, residência oficial do presidente da República.
Invasão do Palácio do Planalto. (Foto: Divulgação/Tripadvisor).
A dispensa passa a valer a partir do dia 13 de janeiro, logo após a primeira-dama Rosângela Lula da Silva, a Janja, expor os prejuízos causados aos móveis do Palácio da Alvorada, devido ao mau estado de conservação deles, bem como do sumiço de alguns objetos do Alvorada.
Entre os militares que foram dispensados do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), destaca-se o nome de Marcelo Ustra da Silva Soares, assessor técnico militar na Coordenação-Geral de Operações de Segurança Presidencial.
De acordo com o portal “Metrópoles”, Marcelo é familiar do coronel reformado Carlos Alberto Brilhante Ustra, considerado um dos principais torturadores da ditadura militar (1964-1985).
Ao falar sobre os atos golpistas do último dia 8, Lula afirmou que “gente das Forças Armadas são coniventes com a invasão do Palácio do Planalto”. Durante o café da manhã com jornalistas no Palácio do Planalto, na quinta-feira (12), o Presidente Lula disse:
“Eu ainda não conversei com as pessoas a respeito disso. Teve muita gente conivente. Teve muita gente da PM e das Forças Armadas aqui dentro conivente, estou convicto de que a porta do Palácio do Planalto foi aberta para essa gente entrar porque não tem porta quebrada, ou seja, alguém facilitou a entrada deles aqui”.
Lula também se queixou que ainda não tem condições de realizar sua mudança para o Alvorada, que estava marcada depois da viagem para Argentina, no dia 25 de janeiro, em razão do estado de conservação da residência oficial, desocupada por Jair Bolsonaro (PL) e Michelle Bolsonaro.
Foto Destaque: Lula dispensa militares. Reprodução/Evaristo SA/AFP/PensarPiauí