O Brasil já resgatou 109 brasileiros e seus familiares da Faixa de Gaza, distribuídos em três voos com mais de 30 pessoas. Entretanto, outras 23 pessoas continuam em Gaza e permanecem assistidas pelo Itamaraty. Apesar da maioria delas ter permissão para cruzar a fronteira de Rafah rumo ao Egito, ainda não foi possível.
Governo brasileiro monitora a situação
Das 23 pessoas monitoradas pelo Itamaraty em Gaza, 14 são brasileiros e os outros são seus familiares de diferentes nacionalidades. Eles estão morando em duas casas alugadas em Rafah, na fronteira com o Egito, mas também há pessoas localizadas no centro e no norte da Faixa de Gaza.
Conforme o embaixador do Brasil para a Palestina, Alessandro Candeas, as 23 pessoas estão recebendo recursos e assistência do governo, que deverá repatriá-los assim que chegarem ao Egito.
Nota do Itamaraty à imprensa sobre apoio do Brasil à petição da África do Sul (Reprodução/X)
Brasil apoia denúncia da África do Sul no exterior
No final de 2023, a África do Sul protocolou uma denúncia contra Israel na Corte Internacional de Justiça (CIJ), localizada em Haia, na Holanda. A petição enviada tem 84 páginas, e afirma que “os atos e omissões de Israel […] têm caráter genocida, pois foram cometidos com a intenção específica […] de destruir os palestinos em Gaza“.
A posição tomada pela África do Sul tem base na Convenção Contra o Genocídio, de 1948, da qual Israel também faz parte. Ela estabelece o genocídio como um conjunto de ações cujo objetivo é eliminar, total ou parcialmente, um grupo nacional, étnico, religioso ou racial. Na petição, o país africano também aponta a existência de um “apartheid” entre israelenses e palestinos.
O Brasil está apoiando a denúncia em Haia, após reunião do presidente Lula com o embaixador da Palestina, Ibrahim Alzeben. Caso o tribunal decida a favor da petição, medidas provisórias terão que ser tomadas para poupar os civis palestinos no conflito.
Foto Destaque: homens em cidade bombardeada em Gaza (Reprodução/ Mahmud Hams/ AFP)