Em meio a grande mobilização internacional que os países do Ocidente vem feito em apoio da aliança militar na Otan para com a contínua guerra na Ucrânia, o país, infelizmente, não mostra nenhum refreamento da contínua brutalidade enquanto continua a enfrentar terríveis dificuldades.
Visto um novo desafio que ameaça a frente ucraniana vindo na forma de escassez de munição, que se tornou o problema mais efetivo para a força militar ucraniana, que está gastando mais munição em combate do que as remessas de armamento aliado podem suportar em gastar e produzir.
Na véspera da reunião que foi feita nesta última terça, (14/02), em Bruxelas, com participação do grupo de contato da Ucrânia com representantes de mais de 50 países, Jens Stoltenberg, secretário-geral da Otan, disse em uma coletiva na última segunda-feira (13/02) que os países da aliança militar, em meio a esse esgotamento rápido de seus estoques, vem feito suas empresas aumentarem suas metas de armazenamento de munição.
“Os gastos com munição na Ucrânia são muitas vezes maiores do que nossas taxas de produção atuais. Isso coloca nossas indústrias de defesa sob pressão. Inicialmente, cobrimos as enormes necessidades da Ucrânia somente com nossos estoques. Mas não podemos continuar assim”, disse o secretário-geral. “Precisamos produzir mais para abastecer as forças ucranianas, garantindo ao mesmo tempo que tenhamos munição suficiente para defender cada centímetro do território da Aliança.“, disse Jens.
“Não vemos nenhum sinal de que o presidente Putin esteja se preparando para a paz“, destacou Jens quando questionado sobre uma possível ofensiva russa na Ucrânia, ressaltando que atualmente Moscou já está enviando milhares de novos soldados para a linha de frente.
Lançador de foguetes Grad, do Exército Ucraniano (Foto: Reprodução / CNN)
Na visão do secretário, os membros da Otan devem ter como principal prioridade garantir que o exército ucraniano possa usufruir e saber manejar as armas, e os armamentos pesados de combate, como tanques e jatos, que lhes já foram providas e claro, tenha munição, combustível e peças de reposição o suficiente para manter o combate ativo.
A recomposição de seus estoques de munição vem sido uma preocupação para os dois lados, tanto para o exército Ucraniano quanto as forças russas. Atualmente, fábricas de munições vêm trabalhando em total e contínua capacidade para manter os prazos de entrega e cumprir as enormes demandas que podem levar cerca de 28 meses de espera dependendo dos tipos de munição.
Um dos países aliados, Alemanha, se compromete recentemente em fornecer munição para tanques antiaéreos Gepard. “Os contratos para a produção de munição foram assinados“, disse Boris Pistorius, o ministro da Defesa alemão, destacando que a decisão foi tomada para que não haja dependência da Suíça, depois que o país recusou a produção de munição doméstica e justificando sua posição como “neutra” em frente ao conflito entre a Rússia e Ucrânia.
Junto a aprovação dos tanques, Kiev também fez um apelo por aviões de combate. A questão foi tópico de debate na reunião em Bruxelas e deve voltar a ser debatida na Conferência de Segurança de Munique.
Em meio a esse cenário internacional, o Brasil também entrou em destaque no assunto quando recentemente o governo negou o pedido de envio de armamentos para a Ucrânia.
“O Brasil não tem interesse em passar as munições para que elas sejam utilizadas na guerra entre Ucrânia e Rússia. O Brasil é um país de paz, o último contencioso nosso foi a guerra do Paraguai. E, portanto, o Brasil não quer ter qualquer participação, mesmo que indireta“, disse o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Durante visita de Scholz ao Brasil, Lula apontou que Kiev e Moscou devem voltar à mesa de negociações, destacando que ouve muito pouco diálogo entre os dois países para se firmarem negociações que pudessem providenciar um acordo de paz.
Scholz, porém, respondeu que, para essas negociações de fato acontecerem, a Rússia deve primeiro retirar suas tropas do território ucraniao. Agora só o futuro poderá dar essa resposta.
Foto Destaque: Aparelho antiáreo durante combate na Ucrânia (Reprodução / DW)