Na quinta-feira (1º), o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) está de acordo com as previsões da equipe econômica e que se espera um crescimento econômico próximo de 2% até o final de 2023. No entanto, Haddad também ressaltou a importância de ser cauteloso diante desse resultado.
“Já faz algum tempo que estamos prevendo um crescimento de 2% para este ano, confirmando a projeção da Secretaria de Política Econômica (SPE). No entanto, é necessário agir com cautela devido ao forte desempenho do setor agropecuário. Devemos começar a pensar em 2024. Para manter a geração de empregos e garantir a estabilidade econômica, é crucial ter cuidado com o próximo ano e ter clareza de que há uma boa oportunidade, com queda da inflação e das taxas de juros futuras, o que abre uma importante janela de oportunidade para a política monetária”, declarou Haddad.
O vice-presidente Geraldo Alckmin, o presidente Lula e o ministro da fazenda Haddad em evento no Palácio do Planalto. – foto: Ueslei Marcelino/REUTERS
Hoje, foi divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) que a economia do Brasil teve um crescimento de 1,9% no primeiro trimestre de 2023 em comparação com o trimestre anterior, totalizando um valor de R$ 2,6 trilhões. Em relação ao mesmo período de 2022, houve um aumento de 4%.
O desempenho da economia no primeiro trimestre foi impulsionado principalmente pelo crescimento significativo de 21,6% no setor agropecuário, registrando a maior alta desde o quarto trimestre de 1996. No entanto, a equipe econômica está atenta à possibilidade de desaceleração desse setor no segundo trimestre, levando em consideração que a produção de grãos, especialmente a safra de soja, tem um impacto mais expressivo nos primeiros meses do ano.
Haddad também ressaltou que o governo continuará empenhado em realizar esforços fiscais para garantir os resultados do marco fiscal. Ele afirmou que todas essas medidas estão se combinando de forma positiva para que o país entre em um ciclo virtuoso de desenvolvimento. O foco atual está na negociação para a votação do novo arcabouço fiscal nos próximos dias e na discussão da reforma tributária, cujo relatório deverá ser divulgado na próxima terça-feira (6).
O ministro também reforçou que os presidentes da Câmara, Arthur Lira, e do Senado, Rodrigo Pacheco, estão comprometidos em manter o diálogo e fazer avançar a agenda econômica, especialmente no que diz respeito à reforma e à regra fiscal. A disposição de ambos os líderes é fundamental para impulsionar as medidas econômicas e promover mudanças necessárias no cenário fiscal do país.
Foto destaque: Haddad reforçou que política fiscal também é importante para crescimento – Diogo Zacarias/Ministério da Fazenda
