Hamas só negociará libertação de reféns após cessar-fogo em Gaza

Ágatha Pereira Por Ágatha Pereira
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Em uma entrevista concedida à rede de televisão Al Jazeera neste sábado (02), o vice-chefe do gabinete político do grupo Hamas, Saleh Al-Arouri, informou a posição oficial do grupo em relação às negociações e trocas de reféns-prisioneiros com Israel. Segundo ele, não haverá troca de reféns enquanto Israel não concordar com um cessar-fogo em Gaza.

Negociações

AL-Arouri confirmou que, no momento, não há negociações acontecendo e que não irá trocar reféns “até que a agressão terrorista sionista termine completamente”. Os reféns restantes são soldados e ex-soldados, segundo Al-Arouri, o que contradiz com o que diz Yoav Gallant, ministro da Defesa israelense. O ministro disse, também no sábado, que o Hamas se nega a entregar 17 mulheres e crianças.

Os reféns adultos do sexo masculino, “todos os quais serviram no exército, alguns ainda na lista de reserva”, de acordo com Al-Aurori, estão sujeitos a padrões diferentes por parte do Hamas. “Dissemos desde o primeiro dia que o preço para libertar os prisioneiros sionistas é a libertação de todos os nossos prisioneiros, após o cessar-fogo”, acrescentou o vice-chefe do Hamas.

De acordo com informações do gabinete do primeiro-ministro israelense, cerca de 117 homens ainda estão sendo mantidos reféns do Hamas.


Conflito entre Israel e Palestina já causou mais de dez mil mortes (Foto: Reprodução/g1/Ibraheem Abu Mustafa/Reuters)


As negociações entre Israel e o Hamas falharam após Israel insistir na liberação de um grupo de mulheres, e o Hamas negar. Essas mulheres seriam reféns tiradas no festival de música Nova, na faixa dos 20-30 anos, e consideradas soldados pelo Hamas, informação que Israel nega.

Trégua

O conflito teve uma trégua de 7 dias, e finalizou nesta sexta-feira (01), quando o exército Israelense voltou a bombardear a Faixa de Gaza. Na manhã deste domingo (03), um novo ataque ocorreu. As forças armadas de Israel afirmam ter lançado mais de 400 ataques desde o fim do cessar-fogo. Segundo informação do Hamas, pelo menos 240 pessoas foram mortas e 650 ficaram feridas nos ataques.

O conflito teve início em outubro deste ano, após um ataque em Israel liderado pelo grupo Hamas. Mais de 10 mil pessoas já morreram. 

Foto destaque: Hamas diz que só negociará troca de reféns após cessar-fogo em Gaza (Reprodução/Infomoney/Amir Cohen/Reuters)

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