Hidrelétricas registraram recorde em volume de água em 2023

João Salles Por João Salles
3 min de leitura

Após período intenso de chuvas, hidrelétricas jorram água quando estão com excesso de água ou não vão usar toda a quantidade para a produção de energia, devido a demanda. Reservatórios de água de Sudeste e Centro-Oeste registram melhor nível desde 2011, volume útil de furnas registram 89%, segundo G1.

Em 2023, hidrelétricas registram volume recorde de água vertida, ou seja, eliminada pelas barragens sem ser usada para a produção de energia, segundo dados da ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico).


Hidrelétrica gerando energia (Foto: Reprodução/UDOP)


Segundo a ONS, foram vertidos em cerca de 10.842 MWmed (megawatts-médios), até dia 20 julho deste ano. Essa energia atenderia 90% dos consumidores do Nordeste. Essa quantidade de energia gerada equivale a quatro vezes a quantidade vertida em todo o ano de 2022 (2.594 MWmed).

Reserva lotada

Essa situação é reflexo da grande quantidade de chuva nos últimos meses, que gerou um grande nível de água nos reservatórios. No final do mês de junho, esses reservatórios registravam armazenamento médio de 86%, o melhor índice desde 2011.

As hidrelétricas vertem água devido a lotação de seus reservatórios, o que acontece mesmo que uma usina esteja gerando na capacidade máxima. A quantidade de água vertida só não foi maior devido a exportação de energia para a Argentina e para o Uruguai. Essa exportação para os países vizinhos gerou em torno de R$600 milhões.

Crise em setor

O setor elétrico brasileiro tem melhora após dois anos da forte crise provocada pela grande falta de chuva no país e que trouxe o risco de um novo controle de energia no país. Ao final do mês de julho de 2021, os maiores reservatórios do país que estão situados no Sudeste e no Centro-Oeste possuíam armazenamento médio de 26%. Naquele mesmo mês, foi registrado um recorde na geração de energia devido à necessidade de poupar a água.

Em 2011, o cenário era completamente diferente, o governo anunciou uma bandeira tarifária, batizada de escassez hídrica, que acabou elevando o valor extra das contas de luz no país. A grande arrecadação a mais ajudou a fazer frente ao aumento dos custos do setor devido à escassez de chuva.

 

Foto Destaque: Hidrelétrica jorrando grande quantidade de água. Foto: Reprodução/Pramac Brasil

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