A hipertensão, de forma silenciosa, é a doença que mais causa morte no público feminino mundialmente. Esse é o alerta mundial feito pela Sociedade Europeia de Cardiologia. Controlar a “pressão alta”, como é conhecida popularmente a Hipertensão arterial, é uma das recomendações importantes às mulheres, pois o aumento da pressão arterial pode ocasionar problemas cardiovasculares. Infarto, Acidente Vascular Cerebral (AVC) e demais complicações representam a causa mais acentuada de mortandade entre mulheres no mundo. Especialistas dizem que a recomendação é que a pressão arterial não passe dos 13 por 8. Quando os valores são maiores que os referidos, a exemplo, de 14 por 9, a hipertensão começa a se mostrar. No entanto, os índices variam muito, pois há fatores envolvidos, como a idade.
Doença cardiovascular é a maior causa de morte em mulheres. (Foto/Reprodução:Pixabay)
Hipertensão Arterial: Sintomas
A Hipertensão Arterial é uma doença crônica que aparece quando a pressão arterial fica acima de 14 por 9. Ela ocorre quando vasos sanguíneos ficam mais estreitos ou perdem elasticidade, fazendo com que o coração possa fazer mais força no processo de bombear o sangue para o resto do corpo. Os sintomas da “pressão alta”, como é conhecida popularmente, mesmo pouco frequentes, podem surgir quando a pressão é superior à normal (12×6 mmHg), segundo especialistas. E incluem enjoos, tonturas e um cansaço excessivo, assim como visão embaçada, dificuldade para respirar ou dor no peito. Outros sintomas da pressão arterial são: dor de cabeça forte, sangramento pelo nariz, zumbido nos ouvidos, dificuldade para respirar, cansaço excessivo, visão embaçada, perda de consciência e ansiedade excessiva. Porém, especialistas também relatam que a doença pode não causar nenhum sintoma, sendo identificada somente em consultas de rotina, como quando se realiza avaliação da pressão arterial. No entanto, se aparecerem sintomas, os especialistas recomendam que o indivíduo procure o pronto-socorro mais próximo ou marque uma consulta com um cardiologista, que é o médico mais apropriado para avaliar os sintomas, diagnosticar e iniciar o tratamento adequado.
Causas e Diagnóstico
A Hipertensão é causada por alteração que causa alguma dificuldade para o sangue circular nos vasos sanguíneos, aumentando a pressão que o coração necessita fazer a fim de que o sangue possa circular corretamente pelo corpo. O diagnóstico de hipertensão deverá ser realizado pelo cardiologista a partir do surgimento dos sintomas. Especialistas dizem que é preciso também levar em conta a avaliação do histórico pessoal e familiar, assim como de pelo menos 3 medidas da pressão arterial, em 3 dias diferentes com intervalo de 1 semana entre as medições. Outro exame usado para medir a pressão arterial é conhecido como “MAPA”. O aparelho é utilizado para medir a pressão em casa durante 24 horas. Este tipo de exame verifica as alterações na pressão e tenta identificar a existência de algum fator nas atividades diárias que pode ser responsável pelo aumento da pressão. O médico cardiologista pode ainda pedir ao paciente a realização de outros exames para identificar as possíveis causas, a exemplo de exames de urina, sangue, eletrocardiograma, bem como ultrassom renal.
Hipertensão Gestacional
As mulheres ainda podem ser acometidas pela hipertensão gestacional, que é também chamada hipertensão na gravidez. Especialistas afirmam que este tipo de hipertensão pode ser causada por desequilíbrio na alimentação, obesidade, diabetes, má formação da placenta ou mesmo pela primeira gravidez com mais de 35 anos. Ela é uma doença grave e que ao ser identificada, precisa ser tratada o mais rápido possível, uma vez que pode desenvolver pré-eclâmpsia, situação que leva mulheres ao estado de coma e coloca em risco a vida da mãe e do bebê. Além de sintomas conhecidos, a Hipertensão Gestacional pode causar na mulher inchaço excessivo nas pernas e dos pés, como também dor abdominal. Os médicos alertam para possíveis complicações decorrentes deste tipo de hipertensão como: infarto, Acidente Vascular Cerebral (AVC), aneurisma, insuficiência cardíaca, arritmia, angina no peito e insuficiência nos rins. Outras graves complicações são problemas nos olhos, além de diminuição do fluxo de sangue ao cérebro, causando problemas relacionados à memória, assim como dificuldade para aprender ou falar, levando, inclusive, à demência.
Foto Destaque: Mulher sofrendo infarto. (Reprodução: Pixabay)
