Na rede social X, antigo Twitter, um homem comentou em resposta a um vídeo publicado pelo deputado Nikolas Ferreira, no qual ele falava sobre a maneira como o atual presidente celebra o Réveillon. O indivíduo afirmou que iria fazer uma vaquinha para contratar um mercenário com um rifle de alto precisão e eliminar o presidente durante a virada do ano.
André Luiz, dono do perfil, fechou a conta e ainda afirmou que está sendo alvo de perseguição política.
Terra de ninguém
A internet já foi uma terra sem lei, o que já não é mais o caso. Incitar a morte de alguém, ainda mais de um presidente, é um crime grave e está previsto no artigo 147 do Código Penal.
Ricardo Cappelli, que é secretário-executivo do Ministério da Justiça, encaminhou para a Polícia Federal um pedido para a investigação do caso. Segundo a CNN, a própria PF já teria iniciado uma apuração do caso antes mesmo do requerimento, por meio do Departamento de Inteligência Policial.
O dono da postagem crê que está sendo vítima de perseguição política, pois foi denunciado por diversos portais às autoridades. Ele ainda tentou se defender, dizendo que usaria o dinheiro para outra coisa que não fosse assassinar o presidente.
A promessa de mal pode ser contra a própria vítima, contra pessoa próxima ou até contra seus bens. (Foto:reprodução/moreadvocacia/jusbrasil)
Recorrência
No dia 4 de agosto de 2023, um homem foi preso em Santarém, no Pará, depois de dizer que daria um tiro no presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Comentando sobre esse caso, Lula disse que sofreu ameaças no mesmo dia em Belém e afirmou não ter medo.
O homem foi solto um dia depois e respondeu pelo crime em liberdade, mas ficou impossibilitado de ir até o município de Alter do Chão por 10 dias.
Foto destaque: Presidente Lula (Reprodução/reuters/Adrianomachado/CNNbrasil.com.br/)