Hospital na Faixa de Gaza tem energia apenas para mais 24 horas

Adriane Paiva Por Adriane Paiva
6 min de leitura

Nesta quinta-feira (19), os Médicos Sem Fronteiras (MSF) publicaram em sua página a situação do Hospital Al-Shifa, o maior da região de Gaza, que não tem combustível suficiente em seus geradores para mais de 24 horas. Os pacientes da UTI, os recém nascidos e os que precisam de máquinas respiratória correm um risco maior de morte imediata. De acordo com MSF, desde o começo do conflito mais de 10 mil pessoas passaram pelo hospital. 


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A coordenadora-médica do Médicos Sem Fronteiras (MSF), Guillemette Thomas, fez uma atualização sobre a situação do local. Segundo Guillemette, desde a ordem dos militares israelenses de evacuação imediata para o sul da Faixa de Gaza, muitas pessoas tiveram que decidir entre ficar ou sair da região, o que fez com que o número de profissionais da sáude caísse e os que ficaram não estão dando conta do número de pacientes, que passa de 800 pessoas por dia. 

A situação de Gaza 

A coordenadora explica que o sistema médico da área de Gaza está totalmente colapsado, com poucas instalações médicas em funcionamento. Al-Shifa é um dos poucos lugares com eletricidade, mas a equipe médica não consegue admitir novos pacientes nem tratar os que já estão lá adequadamente por conta das condições extremamanente precárias que estão enfrentando, como a falta de medicamentos, de equipe médica e de equipamentos médicos que são essenciais para tratar pessoas gravementes feridas com fraturas e membros expostos.  

Condições de vida  

Segundo o MSF, estima-se que 60% da população de Gaza vive com más condições de vida, sem acesso à água, à comida e sem atendimento médico básico porque clínicas estão fechadas e muitos não conseguem chegar à um hospital pelo acesso à região ser extremamanente difícil e perigoso. Para Thomas, é essencial um cessar-fogo para que os hospitais voltem a funcionar e medicamentos e combustíveis sejam entregues em grandes proporção, para evitar que o sistema de sáude piore definitivamente. 

 

Foto destaque: Hospital Al-Shifa, em Gaza, sobrecarregado de pacientes. Reprodução/Daweood Nemer/AFP/MSF.

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Estudante de Jornalismo, apaixonada por leituras e cultura pop
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