O Ibama informou, nesta segunda-feira (6), sobre o início das perícias nas regiões onde ocorreram incêndios florestais no Amazonas. Em outubro, de acordo com o Intituto Nacional de Pesquisas Espacias (Inpe), o estado marcou o pior índice de queimadas registrado nos últimos 25 anos, com quase 4 mil focos de calor.
Perícias
Em entrevista ao portal G1, o Ibama disse que a finalidade das perícias nos locais é conseguir constatar a causa das queimadas. Segundo o órgão, as “informações coletadas são enviadas aos órgãos competentes para instaurar eventual investigação e apuração de responsabilidade“. O instituto ainda destacou a sua atuação no Amazonas e Pará para acabar com o fogo que está produzindo a fumaça que atinge Manaus e outras localidades.
No sábado (4), o secretário de meio ambiente do Amazonas, Eduardo Taveira, afirmou que a fumaça deve continuar invadindo o estado até dezembro. O fenômeno estaria se agravando devido uma combinação de questões ambientais potencializadas pelo El Niño, de acordo com o secretário. “Estamos sem previsão de chuvas e a previsão é de que esse cenário persista até dezembro, atrasando nuvens. Temos um clima muito seco, principalmente em um período que não era para estar assim. O sistema não está adaptado para essa quantidade de fumaça”, disse.
Qualidade do ar e seca
Do último mês até agora, o estado do Amazonas vivencia uma crise ambiental derivada das queimadas florestais. Contudo, não é somente a queimada em si que atinge a população, mas também, principalmente, a fumaça. Nesta segunda, a capital do Amazonas entrou no 8º dia consecutivo coberta pela fumaça produzida pelos incêndios. Manaus e outras cidades vizinhas sofreram com o fenômeno pelo menos duas vezes durante esse período. Por conta disso, as autoridades locais consideraram a qualidade do ar péssimo.
Fumaça de queimadas em Manaus. (Foto: reprodução/G1/William Duarte/Rede Amazônica)
O Amazonas também enfrenta, neste momento, a severa seca dos rios. O problema colocou todos os 62 municípios do estado em situação de emergência. Essa seca histórica está impactando a vida de mais de 600 mil pessoas e isolando comunidades ribeirinhas.
Foto destaque: incêndios na Floresta da Amazônia marcam maiores índices dos últimos 25 anos. Reprodução/Amazônia Real/Marizilda Cruppe/Greenpeace
