Israel afirma que acordo de cessar-fogo não significa o fim da guerra

Sofia Souza Por Sofia Souza
3 min de leitura

Na noite desta terça-feira (21), madrugada de quarta-feira (22) no horário israelense, as Forças de Defesa de Israel (FDI) comunicaram sobre o novo acordo formalizado entre as duas partes do conflito, entre Israel e o Hamas. No entanto, a FDI confirmou que “vão continuar a guerra” assim que o período de quatro dias de cessar-fogo, previsto na negociação, chegar ao fim. 

O governo israelense, o Exército israelense e as forças de segurança vão continuar a guerra para trazer de volta todas as pessoas sequestradas, eliminar o Hamas e garantir que não exista nenhuma ameaça para o Estado de Israel vinda de Gaza“, esclareceu  nota das autoridades israelenses enviada à agência de notícias AFP. 

Discurso de Netanyahu

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, ressaltou às autoridades de segurança e do alto escalão do governo que a ofensiva contra o Hamas irá ser retomada logo após a libertação dos reféns.

Estamos em guerra e continuaremos a guerra”, disse Netanyahu. O chefe do executivo conclui dizendo que: “continuaremos até atingirmos todos os nossos objetivos”.


Muçulmana em frente a uma placa que homenageia os 240 capturados pelo Hamas. (Foto: reprodução/ AP-Oded Balilty) 


O acordo

O primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, convocou membros do governo para discutirem o primeiro acordo entre os envolvidos na guerra nesta terça-feira (21). As negociações avançaram e foram concluídas durante a madrugada de quarta-feira (22), pelo horário local.

A imprensa israelense informou que os primeiros reféns devem ser soltos na próxima quinta-feira (23). De acordo com o governo, 20 mulheres e 30 crianças sob o poder do Hamas serão liberadas dentro de um intervalo de quatro dias. Durante este período, o conflito entrará em pausa.

Em troca, cerca de 150 palestinos, entre mulheres e crianças, mantidos como prisioneiros em Israel serão libertados. Além disso, o acordo também garantirá a entrada de caminhões com ajuda médica e combustível na Faixa de Gaza.

O jornal norte-americano “The Washington Post” afirmou que conversas para possíveis negociações acontecem de “forma secreta” desde o início da guerra. Este é o primeiro acordo fechado entre as partes envolvidas. 

Foto destaque: Faixa de Gaza bombardeada por Israel em decorrência do conflito que perdura há quase dois meses. (Reprodução/ REUTERS)

Deixe um comentário

Deixe um comentário Cancelar resposta

Sair da versão mobile