Nesta terça-feira (10), Israel atacou a única saída da Faixa de Gaza. Rafah faz fronteira com o Egito e foi bombardeada. O governo brasileiro planejava usar a saída para resgatar 28 brasileiros presos na região. As fronteiras com Gaza foram bloqueadas pelos israelenses após o início de um conflito com o grupo Hamas no sábado (7). De acordo com as autoridades, 2,3 mil pessoas já morreram nos ataques desferidos por ambos os lados.
Israel x Hamas: saída da Faixa de Gaza que governo planeja usar para retirar brasileiros é atacada. (Vídeo: reprodução/YouTube/UOL)
Posicionamento do Egito
O presidente do Egito, Abdek Fattah al Sisi, classificou, nesta terça-feira, a escalada dos acontecimentos em Gaza como “altamente perigosa”. Segundo o presidente egípcio, o Egito está pressionando, junto a parceiros regionais e internacionais, por uma negociação que solucione a violência. Ele também afirmou que seu país não permitirá a resolução da questão “às custas de outros”. A fala é uma aparente referência ao risco de parte dos 2,3 milhões de moradores de Gaza tentarem fugir para o Egito.
Há anos, a passagem de pessoas e bens é rigorosamente controlada sob um bloqueio a Gaza, imposto por Israel e pelo Egito. Na segunda-feira (9), aproximadamente 800 pessoas abandonaram Gaza através de Rafah e cerca de 500 pessoas entraram. De acordo com o escritório humanitário das Nações Unidas, apesar da movimentação de pessoas, a passagem estava fechada para a circulação de mercadorias.
Retirada de brasileiros
Neste momento, o Brasil aguarda autorização do Egito para tentar repatriar 28 brasileiros presos na Faixa de Gaza. A ideia é utilizar o posto de Rafah, localizado na fronteira sul da região de Gaza com o território egípcio. Segundo informações do Itamaraty, toda a logística para o resgate já está pronta. O plano do Governo Brasileiro é conduzir os brasileiros para fora de Gaza, utilizando a fronteira com o Egito. Depois disso eles seriam levados até a capital, Cairo, onde um avião estaria à espera para a volta de todos ao Brasil.
Foto destaque: Ondas de fumaça na passagem da fronteira de Rafah, que liga Gaza com o Egito, após ataque aéreo israelense. Reprodução/SAID KHATIB / AFP