Moradores do sul da Faixa de Gaza relataram, nesta segunda-feira (04), o deslocamento de tropas e escavadeiras israelenses, além de veículos militares, para a região mais ao sul da região. Bombardeios são intensificados.
Bombardeio em Gaza (foto: reprodução/Jack Guez/AFP)
Novos avanços
Após a trégua de sete dias entre os dois países, Israel começou a avançar mais ao sul do território palestino, próximo à cidade de Khan Younis, onde brasileiros ficaram abrigados, sob a alegação de que os rebeldes do Hamas estão escondidos nessa região do território.
As informações foram apuradas pela Agence France-Presse (AFP), agência de notícias francesa que tem cobrido o conflito no Oriente Médio. Um cidadão indicou que caminhões das forças armadas israelenses já tinham penetrado aproximadamente dois quilômetros na região.
Os avanços de Israel vão contra o apelo internacional para a manutenção do cessar-fogo e para um maior cuidado com a vida dos cidadãos palestinos que não estão envolvidos no conflito. O exército israelense pediu no domingo (03) que as cidades ao redor de Khan Younis fossem esvaziadas e, durante essa madrugada, a cidade e Rafah foram bombardeadas.
Um membro do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unesco) descreve o local como uma zona de guerra e que nunca se viu tanto caos, além de muitas e grandes bombas caindo constantemente do céu.
Crianças seguem dando entrada em um dos maiores hospitais da região com diversos ferimentos causados pelas explosões.
Bombardeios em Gaza vistos do sul de Israel (foto: reprodução/Evelyn Hockstein/REUTERS)
Nova tática
Autoridades internacionais chamam o modus operandi israelense de confinamento, uma vez que os cidadãos palestinos estão sendo empurrados para uma área pequena de uma região já muito pequena.
Acredita-se que a investida é para pressionar o Hamas a liberar os cerca de 150 reféns ainda sendo mantidos em Gaza.
Foto destaque: tanques israelenses se deslocam em direção ao sul de Gaza (Reprodução/Tsafrir Abayov/AP Photo)