Israel divulga mapa de Gaza com rotas de fuga após fim do cessar-fogo

Victor Kallut Por Victor Kallut
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Após o término da trégua entre Israel e Hamas e o recomeço dos combates nesta sexta-feira (1), as Forças de Defesa de Israel (FDI) divulgaram um mapa no qual Gaza aparece dividida em distritos numerados. O material tem o intuito de mostrar “zonas de evacuação” para que os civis possam utilizá-las no que o órgão israelense chamou de “próximo estágio da guerra”.

Mapa tem o intuito de fornecer rotas de fuga para civis em caso de ataque

Segundo o comunicado da FDI, o mapa divide o território de Gaza “em zonas de acordo com áreas reconhecíveis”, para que os moradores do local possam ter um meio de orientação para sair de lá, se necessário. Eles ainda afirmam que essa medida deve reduzir o número de mortes quando houver ataques em áreas civis nas quais, para o governo israelense, o Hamas tem infraestrutura militar.

Segundo estimativas da ONU, quase 2 milhões de pessoas foram obrigadas a se deslocar internamente em Gaza para fugir de bombardeios. O número representa cerca de 80% da população da área.

As informações foram divulgadas através de folhetos em árabe, inglês e hebraico, também acompanhadas de um QR Code que dava acesso ao mapa. No entanto, Gaza teve suas estruturas de telecomunicações e eletricidade danificadas no período de intenso bombardeio, o que fez com que muitos moradores perdessem acesso à internet e energia. 

Acordo de trégua não foi estendido

O Estado de Israel e o grupo Hamas fecharam um acordo de trégua no conflito que começou no dia 24 de novembro. Em uma semana de interrupção dos ataques, 180 palestinos foram libertados de cativeiros e puderam voltar para seus familiares.



Ataque de Israel em Gaza após o fim da trégua no conflito com o Hamas (Foto: Reprodução/John MacDougall/AFP)


Contudo, após uma semana de pausa, o acordo não foi estendido, e após Israel  interceptar um míssil em direção ao seu território, o combate foi retomado em ambas as partes.

Foto destaque: Campo de refugiados de Jabalia, em Gaza, destruído após bombardeio de Israel (Reprodução/Mahmud Hams/AFP)

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