O governo de Israel e o Hamas chegaram a um consenso, nos últimos momentos do cessar-fogo entre ambas as partes da guerra no Oriente Médio, de adiar o fim da não-hostilidade até amanhã (01). A decisão foi tomada nesta quinta-feira. O acordo de cessar-fogo já havia sido renovado uma vez, na segunda, dia 27, data em que ele inicialmente deveria ser encerrado.
Primeiro avião estadunidense com ajuda humanitária para Gaza chega ao Egito (Foto: reprodução/Jasmonet Holmes / U.S. Air Forces Central)
O acordo de não-agressão temporário
O acordo, iniciado no dia 24 de novembro e iria, inicialmente, até o dia 27 do mesmo mês. O cessar-fogo previa, além de uma interrupção das hostilidades entre os dois países, a libertação dos sequestrados pelo Hamas no dia 7 de outubro, e em troca Israel libertaria palestinos presos no país, alguns há quase 10 anos.
Em adição a isso, houve a criação de um corredor humanitário, possibilitando a entrada de ajuda humanitária no território palestino. O prolongamento da trégua possibilita a entrada de mais alimentos, medicamentos e utensílios médicos em Gaza, além de abrir uma janela maior para a libertação dos prisioneiros israelenses feitos pelo Hamas.
Membros do governo israelesne afirmaram que o aumento da trégua só foi possível graças à mediação dos negociadores e porque o Hamas enviou uma lista de mulheres e crianças que seriam libertos.
Carro do Movimento Internacional da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho carrega reféns israelenses libertos (Foto: reprodução/Fatima Shbair/AP Photo)
Futuro da guerra
Antes mesmo do anúncio da manutenção do cessar-fogo até amanhã, ambos os lados da guerra, Israel e Hamas, haviam afirmado que já estavam prontos para retomar suas ofensivas.
Espera-se que, com o fim do cessar-fogo, previsto para amanhã, ambos os territórios voltem para a guerra mais ofensivos do que antes, sobretudo Israel, por não ter mais o risco de atingir tantos de seus civis, uma vez que grande parte foi liberta durante a trégua, e há relatos de assassinados pelo Hamas em Gaza. Os órgãos internacionais seguem monitorando a situação da guerra, e ainda há possibilidade de intervenção do Conselho de Segurança das Nações Unidas caso as coisas escalem.
Foto destaque: militar israelense Ori Megidish (ao centro) com sua família após ser liberta de Gaza. (Reprodução/Shin Bet)