Janja conta sua história e planos para o futuro governo: “Sou uma mulher propositiva. Que vai e faz”

Yngrid Horrana Por Yngrid Horrana
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Futura primeira-dama do país, Rosângela Lula da Silva, a “Janja”, abriu parte da vida pessoal em sua primeira entrevista para a TV. A sessão foi transmitida na noite do último domingo(13), pelo Fantástico. Em conversa com Maju Coutinho e Poliana Britta, Janja pontua cerimônia de posse, combate à fome, luta pelo racismo e fala sobre o romance com Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o machismo que ainda é recorrente na sociedade. 

“Eu vou continuar do lado dele. Pelo menos eu acho que ele vai sair pra trabalhar e eu vou ficar em casa. Isso vai ser difícil acontecer, porque não é da minha personalidade”, diz Janja, que deseja contribuir em tudo que for possível durante o mandato de seu marido, o presidente Lula. 

A socióloga paraense, de 56 anos, compartilhou planos para o próximo mandato do governo Lula, que se inicia em primeiro de janeiro de 2023, e falou sobre a forma que pretende atuar na gestão. Janja traz o objetivo de ressignificar o título de primeira-dama. “Talvez eu queira ressignificar o conteúdo do que é ser uma primeira-dama”, comenta.

Eva Perón, ex-primeira-dama argentina, e Michelle Obama são referências para a organizadora da posse do presidente eleito. Janja comenta sobre a influência que as representantes tiveram para a instalação de políticas públicas tangentes no âmbito da saúde, da alimentação e da segurança e direitos das mulheres, que por muitas vezes não são de conhecimento da população. “Me impressionou bastante!”, diz.


Rosângela Lula da Silva, a “Janja”, relembra como conheceu o presidente e de que forma pretende atuar na próxima gestão da presidência. (Foto: Reprodução/G1)


Janja também falou sobre ainda não ter caído a ficha sobre o papel que já ocupa diante de todo o Brasil. A socióloga lembra da época que, com 17 anos, se filiou ao Partido dos Trabalhadores (PT). A filiação se consagrou no período das Diretas Já, movimento popular que reivindicava eleições diretas e o fim da Ditadura Militar. Desde então, acendeu a “efervescência política” de Janja por causas civis. 

“Eu sou a pessoa que é propositiva. Que não fica sentada. Que vai e faz”, comenta a futura primeira-dama sobre a força que carrega consigo e também a respeito de sua atuação no Governo. 

A socióloga pretende pôr em pauta questões que carrega em sua história, como a questão de violência contra mulheres. Ela diz ser necessário discutir tal problemática com a sociedade. “Entender que [violência contra a mulher] não se resolve com medida provisória”, completa. 

O combate à fome também é um ponto em que Janja se compromete a atuar: “Não é só uma alimentação saudável, mas garantia à alimentação.”

“E, com certeza, a questão do racismo. É uma coisa que a gente não consegue mais admitir na nossa sociedade”, afirma. A primeira-dama aponta o racismo como uma problemática constantemente pautada entre ela e o presidente Lula. Janja diz ser uma causa com a qual permanecem lutando e aprendendo.

 

Foto Destaque: Janja, futura primeira-dama. Reprodução/Em Dia ES

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