Japão define data de despejo de água radioativa nesta terça-feira

Pedro Léo Por Pedro Léo
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O Japão tem se envolvido em polêmicas nas últimas semanas após anunciar que descarregará água radioativa nos próximos meses. O primeiro-ministro do país, Fumio Kishida, inclusive já planeja quando começará a operação, e anunciou que decidirá nesta terça-feira (22).

A Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), das Nações Unidas, também analisou e liberou a ação, afirmando que teria efeitos ambientais “insignificantes”. A água radioativa foi tratada na usina nuclear de Fukushima, e o órgão ainda afirmou que a liberação está de acordo com a de outras usinas, como algumas dos Estados Unidos. Porém, a permissão não passa segurança a países do pacífico.


O líder do Japão, Fumio Kishidam responsável pela medida impopular. (Foto: Reprodução/Pool/Getty Images)


Países vizinhos são contra a liberação

Alguns setores do próprio país são contra, como o sindicato dos pescadores, que alerta que o Japão pode ter manchas na reputação e sofrer boicotes. É o caso da China, uma das maiores críticas à medida, que ameaça parar de importar produtos de mais de dez províncias japonesas e exigir testes de radiação rigorosos para alimentos advindos do país. A Coreia do Sul é outro país que mostrou preocupação, com residentes até mesmo estocando alimentos por medo de novas levas. O maior mercado de peixes de Seul chegou até mesmo a utilizar detectores de radiação na semana passada para acalmar compradores.

De onde vem água

A água, que é utilizada para resfriar reatores na usina, por estar radioativa precisa ser armazenada em tanques, que estão chegando a sua capacidade máxima e necessitam de mais espaço. De acordo com o governo, a maior parte da água foi filtrada, com poucos elementos radioativos restantes – como o Trítio, isótopo de hidrogênio que não se separa da água facilmente, com quantidades que seriam irrelevantes no ponto de vista das agências reguladoras.

 

Foto destaque: Litoral do Japão, que pode ser afetado com despejo. Reprodução/Kazuhiro Nogi/AFP

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