O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, se pronunciou nesta quinta-feira (19) para ressaltar a necessidade de prestar suporte às nações da Ucrânia, que está em guerra com a Rússia desde fevereiro de 2022, e de Israel, que no último dia 7 de outubro foi invadida pelo grupo terrorista Hamas e sofreu um dos maiores ataques terroristas desde o 11 de setembro. Dentre as declarações do democrata, ele comparou Vladimir Putin, chefe de Estado da Rússia, ao Hamas.
Ataques em Israel
No último dia 7 de outubro, os terroristas do Hamas, organização terrorista originada a partir da Irmandade Islâmica (grupo político islâmico sunita) que controla a faixa de Gaza, invadiram a fronteira com o território israelense e atacaram civis, cometendo um dos maiores atos terroristas dos últimos anos.
Joe Biden, presidente dos Estados Unidos e Binyamin Netanyahu, primeiro-ministro de Israel, em reunião no dia 18 de outubro (Foto: Reprodução/ Reuters/ Evelyn Hockstein)
O primeiro-ministro de Israel, Binyamin Netanyahu, declarou guerra ao Hamas após os ataques e afirmou que o grupo pagará o preço sem precedentes. O governo de Israel cortou a eletricidade e distribuição de alimentos, água e combustíveis da faixa de Gaza em resposta às investidas do Hamas, já que o grupo controla a região desde 2006.
As mortes decorrentes da guerra entre Israel e o Hamas já ultrapassam a marca de 5,5 mil, até o momento.
O discurso de Biden
Após a reunião de Netanyahu e Biden em Tel Aviv, o presidente americano se pronunciou a fim de mediar o conflito e prestar apoio a Israel, aliado norte-americano. Após a reunião para discutir o desenrolar do conflito com o Hamas, Biden se pronunciou lamentando as mortes de inocentes israelenses e palestinos, atacando as ações do Hamas, que classificou na reunião como “brutais, desumanos e quase inacreditáveis” e sobrou até para Vladimir Putin, presidente da Rússia.
“Os palestinos inocentes querem apenas viver em paz e ter dignidade. (…) O Hamas não representa o povo palestino“, disse Biden sobre a organização terrorista. Mais tarde, Biden teria comparado o conflito de Israel com o Hamas com a guerra entre a Rússia e a Ucrânia, criticando Vladimir Putin: “Hamas e Putin são diferentes, mas têm isso em comum: ambos querem aniquilar democracias vizinhas“.
A Reuters apurou que Joe Biden deve pedir ao Congresso dos Estados Unidos o direcionamento de US$ 14 bilhões para Israel, US$ 60 bilhões para a Ucrânia, US$ 10 bilhões para ajuda humanitária e US$14 bilhões para reforçar a segurança da fronteira. No entanto, a Câmara dos Deputados norte-americana está sem presidente há 18 dias, o que torna a aprovação inviável no momento. Porém, a Câmara, de maioria republicana, irá decidir o presidente nesta sexta-feira (20).
Foto destaque: Joe Biden em pronunciamento no dia 19 de outubro de 2023. Reprodução/ Reuters/ Leah Millis