Jogo do Tigrinho é investigado e revela esquema envolvendo influencers

Giovanna Barros Por Giovanna Barros
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Não é novidade para os usuários das redes sociais que os influenciadores digitais estão fazendo cada vez mais propagandas de jogos envolvendo apostas, que devido a grande divulgação, já estão em alta em diversas plataformas. No Paraná, a polícia deu início a diversas investigações mais aprofundadas envolvendo o “Jogo do Tigrinho”, e a sua relação com a ascensão repentina de influencers locais.

Jogo do Tigrinho

O Fortune Tiger, popularmente chamado de Jogo do Tigrinho, possui versões diferentes com variações de animais, mas o conceito de todos eles, e principalmente o objetivo, é o mesmo. Apesar da aparência cartunesca e até mesmo infantil do aplicativo, ele funciona como um casino online.

O usuário precisa apostar dinheiro e tentar adivinhar as combinações de animais que aparecerão nas fileiras do jogo. Apesar do aplicativo prometer lucro, dezenas de usuários alegam estar perdendo uma grande quantia e se endividando com ele.

Tudo se tornou ainda mais complicado e suspeito para a polícia, quando diversos influenciadores digitais apareceram divulgando o Jogo do Tigrinho em suas redes sociais.

Relação com influencers

Nesta semana, três homens contratados para divulgar o Jogo do Tigrinho, foram presos no Paraná, e um segue sendo investigado. Gabriel, Eduardo Campelo, Ricardo e Ezequiel eram trabalhadores humildes, e chamaram a atenção quando começaram com as divulgações do aplicativo e, de repente, passaram a ostentar bens materiais de preços elevados em seus perfis, como: carros de luxo, por exemplo.


Investigação policial na casa de um dos influenciadores (Reprodução/Divulgação/PC-PR)


Em suas redes, eles contavam com aproximadamente um milhão de seguidores, e eram pagos para produzir conteúdos sobre o jogo, mostrando como estavam ganhando bem, dando dicas e incentivando o uso do aplicativo.

A cada novo cadastro, os influenciadores ganhavam de dez a trinta reais e, em sete dias de divulgação, o grupo faturava entre cinco e quinze mil reais.

Nessa operação se investigam as pessoas que ajudam a dar capilaridade ao jogo, a expandir o número de jogadores. Estes jogos são ilegais, então, quem promove e se remunera a partir deles incorre na ilegalidade“, explicou o delgado Augusto Barros.

Os quatro paranaenses estão sendo investigados por exploração de jogos de azar, suspeita de lavagem de dinheiro e formação de quadrilha. Pouco depois de serem presos, os influenciadores foram liberados na última quarta-feira (29), e continuaram com os conteúdos envolvendo o Jogo do Tigrinho em seus perfis, sem declarações de seus advogados sendo divulgadas.

A investigação policial acerca dos aliciadores envolvidos com o aplicativo, no entanto, não é algo recente. Em setembro, uma mulher foi detida por estar divulgando o jogo, e em outubro, no Maranhão, uma outra influenciadora foi presa.

 

Foto Destaque: jogo do tigrinho. (Reprodução/Assessoria/Correio Notícia)

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