Uma repórter da rede de televisão “Al-Jazeera” foi morta por tiros nesta quarta-feira (11), durante uma cobertura do ataque israelense na cidade ocupada de Jenin, na Cisjordânia, informou o Ministério da Saúde palestino.
A jornalista, Shireen Abu Aklen, que era bastante conhecida do canal árabe da emissora, foi baleada no rosto e morreu logo em seguida. Um outro repórter palestino do jornal “Al-Quds”, que tem sede em Jerusalém, também foi ferido, mas seu quadro de acordo com as informações é estável.
Corpo da jornalista sendo encaminhado para o necrotério (Foto:reprodução/G1)
O exército israelita disse que há possibilidade de que os jornalistas tenham sido atingidos por atirados palestinos e afirmou estar investigando o evento para analisar as possibilidades.
“Com base nas informações que recolhemos, parece provável que palestinos armados, que abriram fogo indiscriminadamente, tenham sido responsáveis pela infeliz morte do jornalista“, disse Bennett, em comunicado.
Já do outro lado, a Al-Jazeera acusa o exército de Israel de ter “assassinado a sangue frio” a jornalista Shireen Abu Aklen.
“Num trágico assassínio premeditado que viola as leis e as normas internacionais, as forças de ocupação israelitas mataram, a sangue frio, a nossa jornalista, Shireen Abu Akleh“, informou, em comunicado, a rede internacional da Al-Jazeera, com sede em Doha.
O tiroteio aconteceu por conta de ataques do exército de Israel na cidade de Jenin, na Cisjordânia. Os militares israelenses ainda não se manifestaram sobre o caso.
Israel esteve realizando ataques quase diariamente na Cisjordânia, durante o decorrer das últimas semanas, enquanto também recebe uma série de ataques ao seu território. Em grande parte, os ataques são ordenados por palestinos da cidade De Jenin e outras áreas vizinhas, já que, segundo os israelenses, a cidade tem sido reduto de algumas milícias há anos.
Cerca de quase 3 milhões de palestinos vivem na região, que está sob controle do comando militar israelense.
Foto destaque: Shireen Abu Aklen era um nome conhecido da emissora Al-Jazeera (reprodução/Diáriodenotícias)