Jovem de 18 anos morre em Santa Catarina devido a infecção bacteriana

Kais Husein Por Kais Husein
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No dia 12 de junho, uma triste notícia abalou a cidade de Blumenau, em Santa Catarina. Dâmilly Beatriz da Graça, uma jovem de apenas 18 anos, faleceu devido a complicações decorrentes de uma infecção causada por uma bactéria resistente conhecida como Staphylococcus aureus.

De acordo com a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), o Staphylococcus aureus é considerado um dos principais microrganismos responsáveis por doenças no âmbito pediátrico. Ele pode ser encontrado na pele e em outras partes do corpo humano. Em 2019, infelizmente, o neto do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) faleceu devido a uma infecção generalizada causada pela mesma bactéria.


Dâmilly Beatriz da Graça, de 18 anos, morreu após infecção por bactéria resistente-Reprodução/Instagram


A mãe da jovem, Daniela Veiga, compartilhou o caso em suas redes sociais, revelando a triste notícia do falecimento de sua filha Dâmilly Beatriz da Graça.

Daniela Veiga relatou em suas redes sociais que sua filha foi afetada por uma cepa altamente agressiva e de difícil tratamento, conhecida como Staphylococcus aureus MRSA. A bactéria encontrou entrada através de uma acne que a jovem tinha no rosto. Essa infecção resultou em uma disseminação generalizada pelo corpo, levando à falência de vários órgãos. As palavras de Daniela revelam a gravidade da situação enfrentada por sua filha antes de seu falecimento.

Na publicação, a mãe de Dâmilly, Daniela Veiga, expressou sua gratidão à equipe médica do hospital que cuidou de sua filha. Ela destacou que os profissionais não mediram esforços para tentar reverter o quadro de saúde da jovem. Daniela mencionou a rapidez com que sua filha foi encaminhada para a UTI desde sua chegada ao hospital no domingo, até o momento do seu falecimento na segunda-feira. A mãe reconhece o empenho e agilidade da equipe médica durante todo o processo.

A bactéria Staphylococcus aureus pode afetar indivíduos de todas as faixas etárias, com maior incidência em crianças com menos de cinco anos de idade ou em pessoas com condições específicas, como diabetes, insuficiência renal, insuficiência hepática, desnutrição grave, fibrose cística, usuários de drogas e pessoas com AIDS.

Segundo a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), o Staphylococcus aureus faz parte da flora bacteriana normal do corpo humano e pode ser encontrado na pele, nasofaringe e, raramente, no cólon e na vagina. Os recém-nascidos podem entrar em contato com a bactéria durante o parto. Estima-se que entre 20% e 40% dos adultos convivam com essa bactéria, sendo o nariz a região mais comumente colonizada.

A partir da colonização, a bactéria pode entrar na corrente sanguínea, causando bacteremia. O Staphylococcus aureus pode causar infecções esporádicas ou epidêmicas, tanto em ambientes comunitários quanto hospitalares. A transmissão ocorre por meio de contato direto entre pessoas, objetos contaminados ou pelo ar. A bactéria pode causar infecções na pele, além de afetar outros tecidos, como sinusite, pneumonia, meningite e sepse, que é a infecção generalizada.

A resistência bacteriana é um fenômeno em que as bactérias deixam de responder aos medicamentos antimicrobianos disponíveis. Isso significa que os antibióticos e outros agentes antimicrobianos perdem sua eficácia no tratamento de infecções.

A resistência bacteriana representa um sério problema de saúde, uma vez que infecções comuns podem se tornar difíceis ou até impossíveis de tratar. Isso aumenta o risco de disseminação de doenças, casos graves e até mesmo óbitos.

O uso excessivo e inadequado de antibióticos é uma das principais causas do surgimento e disseminação da resistência bacteriana. Quando os antibióticos são utilizados de forma indiscriminada, em doses inadequadas ou sem supervisão médica, as bactérias têm a oportunidade de desenvolver mecanismos de resistência.

Esse aumento na quantidade de bactérias resistentes aos medicamentos, também conhecidas como “superbactérias”, representa uma ameaça à saúde humana e animal em escala global. O combate à resistência bacteriana requer o uso responsável de antimicrobianos, estratégias de prevenção de infecções e o desenvolvimento de novos medicamentos eficazes contra essas bactérias resistentes.

Foto destaque: Dâmilly Beatriz – reprodução/ Instagram

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