Draven Hatfield precisou passar por uma cirurgia no pulmão aos 19 anos devido a quatro colapsos pulmonares consecutivos. A equipe médica responsável pelo jovem atribuiu o problema ao uso frequente do vape, ou cigarro eletrônico.
Hatfield admitiu seu vício, que começou aos 13 anos porque achava “tendência bacana” e continuou até hoje. Ele afirmou que vaporizava apenas nos finais de semana segundo ele o uso do vape se tornou um hábito constante. De acordo com os médicos do hospital em que Hatfield foi atendido, seu pulmão parecia o de um “homem que fumava três maços de cigarros por dia há pelo menos 30 anos”.
Não é a primeira vez que o estadunidense precisa ir ao hospital devido ao uso do vape. Aos 17 anos, ele já havia sido diagnosticado com pneumotórax espontâneo, ou seja, bolhas de ar foram formadas em seu pulmão e romperam, enchendo o pulmão de ar e provocando dificuldades no pleno exercício do órgão. Na ocasião ele sentiu fortes dores no peito esquerdo e cãibras.
Hoje em dia o jovem ainda sente muitas dores no peito, mas está bem. Ele faz uma campanha de conscientização na internet contra o uso do aparelho. Em uma declaração ele disse que acreditava que vaporizar era melhor do que fumar e que ficou muito chateado e assustado ao perceber o quão perigoso o vaping pode ser.
Vapes (Foto: Reprodução/Pixabay)
No Brasil mais de 2 milhões de adultos fazem uso de vapes, usuários regulares e ocasionais, segundo Pesquisa Ipec. De acordo com o Google Trends entre 2021 e 2023, a procura pelo termo ‘cigarro eletrônico’ aumentou em mais de 1.150% no Brasil, mesmo tendo sido proibido no país pela Anvisa em 2009.
O problema dos cigarros eletrônicos. (Reprodução/YouTube)
O produto tem sido contrabandeado no Brasil e o maior meio utilizado para isso são as redes sociais, em especial o TikTok e o Instagram, onde encontra-se dicas de como e onde comprar ou até mesmo lojinhas virtuais que vendem o produto.
Foto Destaque: Draven Hatfield no hospital. Reprodução/Instagram