O vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ) teve os sigilos fiscal e bancário quebrados após pedido do Ministério Público do Rio (MPRJ) e autorização do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ), na investigação que apura a contratação de funcionários fantasmas no gabinete do parlamentar. Carlos é investigado pelo MPRJ desde julho de 2019.
A quebra foi autorizada no dia 24 de maio deste ano, pela 1ª Vara Especializada de Combate ao Crime Organizado da Justiça fluminense, após pedido do MPRJ. Sete empresas investigadas e outras 26 pessoas suspeitas também tiveram os sigilos quebrados pela Justiça.
Os promotores que entraram com o pedido indicam a hipótese do esquema de corrupção conhecido como “rachadinha” (quando os assessores nomeados repassam seus salários de maneira parcial ou integral ao político) no gabinete do parlamentar.
Ao pedir a quebra, foi citado pelo MPRJ o fato de Carlos Bolsonaro fazer várias operações com uso de valores em espécie. Incluindo uma possível compra de um apartamento, no valor de R$ 150 mil, no bairro da Tijuca, zona norte do Rio de Janeiro. Na eleição do ano passado e em eleições anteriores, o vereador declarou à Justiça Eleitoral ter aproximadamente R$ 20 mil em dinheiro vivo em sua residência.
Inflação ultrapassa os reajustes salariais e prejudica os trabalhadores brasileiros
Talibã toma o controle do Afeganistão e anuncia volta de princípios estabelecidos em 1996
Carlos Bolsonaro se defende em nota
Através de sua defesa, liderada pelo advogado Antônio Carlos Fonseca, o vereador esclareceu questões mencionadas. Confira abaixo.
“Sobre os fatos divulgados hoje pela imprensa que citam o nome do Vereador, a defesa esclarece que a aquisição do imóvel localizado na Tijuca já foi objeto de análise pelo MP no IC 3191 e foi arquivado, em 2005, após análise das informações financeiras que demonstravam a total compatibilidade com os rendimentos à época.
A quantia utilizada em 2009, para pagamento de uma despesa pessoal, também, está absolutamente compatível com os rendimentos do vereador. Assim como os valores devidamente declarados à Justiça Eleitoral no ano de 2020.
Por fim, com relação ao relatório do Coaf, a defesa não teve acesso ao documento para verificar o seu conteúdo, no entanto o vereador permanece à disposição para prestar qualquer tipo de esclarecimento as autoridades”.
Foto Destaque: (Reprodução/Sérgio Lima/Poder360)