O Líder Supremo da Coreia do Norte, Kim Jong-un, pediu o “aumento exponencial” da produção de equipamentos bélicos e armas nucleares às Forças do país, a fim de conter uma possível ameaça dos aliados Coreia do Sul e Estados Unidos. O anúncio foi dado pela agência de notícias da capital Pyongyang, no último domingo (1).
Os recentes testes com armas nucleares e foguetes com capacidade para atingir a área total da Coreia do Sul são justificativas para a ameaça que o país representa ao lado Norte, é o que afirma Kim Jong-un. De acordo com o Líder, o país se tornou um “inimigo indubitável” devido à pressão dos EUA.
O regime liderado por Kim registrou o maior número de testes balísticos de todos os tempos na Coreia do Norte. Segundo a Agência Central de Notícias da Coreia (KCNA), a promessa é que um novo míssil balístico intercontinental (ICBM) seja construído concomitantemente a uma vasta quantidade de armas nucleares táticas.
A finalidade da produção nuclear se dá pela “capacidade de contra-ataque rápido” em caso de ameaça ou invasão por parte da Coreia do Sul e EUA, afirma o Supremo. Estima-se que a construção de armamentos de alta potência tenha a capacidade de atingir por unanimidade o lado Sul.
Lançadores múltiplos de foguetes (MRL), na Coreia do Norte. (Reprodução/KCNA)
Somente no último fim de semana, a Coreia do Norte disparou cerca de quatro mísseis de curto alcance contra a Coreia do Sul. A potência afirmou se tratar de um sistema de lançamento múltiplo (MRL), com o dobro do tamanho convencional – geralmente 300mm, mas dessa vez os objetos tinham 600mm.
“Prospectivamente, como uma arma ofensiva chave de nossas forças militares, ele realizará sua própria missão de combate para subjugar o inimigo”, afirmou Kim sobre os armamentos. Ele disse, ainda, que os materiais de combate possuem alta precisão; têm capacidade de ultrapassarem altos relevos e mirarem consecutivamente em territórios diversos da Coreia do Sul.
O Ministério da Defesa do País, no entanto, exige que o Norte pare imediatamente com os testes e apontou, também, o posicionamento de Kim como um discurso de tom provocativo, o que coloca as relações em situação de instabilidade e insegurança: “linguagem provocativa que prejudica seriamente a paz e a estabilidade da Península Coreana”.
Diante do atual cenário, o Ministério comunicou que as forças armadas devem ficar de prontidão e “responder firmemente” aos possíveis indícios de ataque. Dividirão-se em três eixos: preventivo, defesa aérea e de mísseis.
Foto Destaque: Kim Jong-un, líder supremo da Coreia do Norte, em sessão plenária. Reprodução/KCNA/EFE