‘Linchamento desumano’: o que Monark teve a dizer após polêmica sobre nazismo

Mateus da Assunção Por Mateus da Assunção
4 min de leitura

O apresentador Bruno Aiub, conhecido virtualmente como Monark, foi demitido da empresa que administrava como sócio após controvérsia envolvendo nazismo. Nas redes sociais, reclamou de estar sofrendo “linchamento desumano” através das críticas dirigidas a ele nesta semana.

Na última segunda-feira(7), no episódio número 545 do Flow Podcast, Monark afirmou que a esquerda radical “tem muito mais espaço que a direita radical” quando confrontado sobre seus posicionamentos em relação à liberdade de expressão. Em seguida, emitiu o pronunciamento que causou revolta dentro da comunidade judaica e toda a internet:

“As duas tinham que ter espaço, na minha opinião. […] Eu acho que o nazista tinha que ter um partido nazista reconhecido pela lei”.

Não demorou muito para que o assunto se espalhasse amplamente pelas redes, destacando a gravidade da posição e o impacto que ela poderia ter. A Confederação Israelita do Brasil (Conib) e a Federação Israelita de São Paulo condenaram a fala do apresentador e exigiram de seus patrocinadores (alguns tendo declarado participação única no programa) uma posição contundente.


    Em seu pedido de desculpas, Monark afirmou “estava bêbado”. A posição deu origem a uma série de escárnios online. (Foto: Reprodução/Internet via ND)


A consequência não foi outra, a não ser a perda de seus maiores apoiadores. Monark foi demitido do programa e sua parte no contrato foi comprada pelo antigo companheiro de apresentação, Igor Coelho, conhecido popularmente como Igor 3K.

Diante da situação, o ex-youtuber e apresentador se viu em meio ao fogo cruzado. Inúmeras figuras comentaram o caso, que já é um dos exemplos de “cancelamento” – como se diz em dialeto virtual – mais notórios do país. Entre elas, Tico Santa Cruz, cantor, Henry Bugalho, escritor, Antonio Tabet, humorista e co-criador da empresa Porta dos Fundos, e até  o deputado Eduardo Bolsonaro, que aproveitou a brecha para retornar com seu projeto que “criminaliza nazismo[…] e comunismo”.

Monark se defendeu com o tweet abaixo:


<blockquote class=”twitter-tweet”><p lang=”pt” dir=”ltr”>Eu posso ter errado na forma como eu me expressei, mas oque estão fazendo comigo é um linchamento desumano. Reitero que um nunca apoiei a ideologia nazista e que a considero repugnante. A ideia defendida é que eu prefiro que o inimigo se revele do que fique nas sombras.</p>&mdash; ♔ Monark (@monark) <a href=”https://twitter.com/monark/status/1491820065876058120?ref_src=twsrc%5Etfw”>February 10, 2022</a></blockquote> <script async src=”https://platform.twitter.com/widgets.js” charset=”utf-8″></script>


Às 20:01 de ontem, o apresentador ainda apresentou novo pedido de desculpas, definindo sua fala como “comentário insensível”.


<blockquote class=”twitter-tweet”><p lang=”pt” dir=”ltr”>Entendo que eu machuquei muitas pessoas com meu comentário insensível, peço perdão por isso, errei feio, e responderei pelas minhas atitudes. Quero aprender a evitar que a minha falta de empatia machuque novamente tantas pessoas, e sei que preciso.</p>&mdash; ♔ Monark (@monark) <a href=”https://twitter.com/monark/status/1491910287901052936?ref_src=twsrc%5Etfw”>February 10, 2022</a></blockquote> <script async src=”https://platform.twitter.com/widgets.js” charset=”utf-8″></script>


Bruno ainda enfrenta investigação pela Polícia Civil do Estado de São Paulo junto ao deputado federal Kim Kataguiri, também personagem da polêmica. Quando confrontado pela também deputada Tábata Amaral se achava que a “Alemanha errou ao criminalizar o nazismo”, Kim respondeu “eu acho”.

Por sua vez, Tábata dividiu opiniões na rede. Alguns aplaudiram seu confronto com Monark e Kim no dito programa, mas outros já lançaram críticas, afirmando que a deputada publicou uma foto, agora apagada, ao lado de seus integrantes após a gravação.

Foto Destaque: Monark. Reprodução/Facebook/FlowPodcast

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