Na tarde desta quinta-feira (12), as linhas 1 (Azul), 2 (Verde), 3 (Vermelha) e 15 (Prata) do Metrô de São Paulo voltaram a funcionar normalmente depois de duas horas de paralisação. Elas estavam paradas por conta de protestos de funcionários contra as exigências que a empresa aplicou.
Metrô informa sobre paralisação de algumas linhas. (Foto: Eliezer dos Santos/TV Globo)
O Metrô
Em nota, a empresa se diz surpreendida pela paralisação, que aconteceu por conta de uma advertência por escrito atribuída a cinco funcionários operadores de trem que se negaram a desempenhar suas atribuições. Os operadores se negaram a participar da formação e da aula prática oferecida a outros empregados que estão sendo treinados para a função, formação essa que faz parte da rotina dos metroviários. A nota ressaltou que a advertência não significa que os funcionários foram suspensos, demitidos ou que terão impactos na remuneração, mas que apenas cumpre um papel de dar a oportunidade para que corrijam sua conduta faltosa. Por fim, o Metrô concluiu que irá estudar quais medidas legais eles podem tomar por conta de uma paralisação, que pode prejudicar uma população, já que ocorre sem aviso prévio.
O Sindicato
Camila Lisboa, presidente do Sindicato dos Metroviários, relatou revolta durante o expediente por parte dos funcionários, após a direção do Metrô ter dado as advertências de forma surpresa durante a madrugada desta quinta-feira (12). O Sindicato também publicou uma nota que diz considerar a medida como uma clara retaliação à greve do dia 3. Os funcionários se recusaram a trabalhar até que suspendessem as advertências, pois a direção da empresa havia concordado em negociar, mas, segundo a nota “colocaram o carro na frente dos bois”. Após uma reunião, os funcionários encerraram o protesto e retomaram as atividades por volta das 13h.
No dia 3 deste mês, os servidores do Metrô, da Sabesp e da CPTM entraram em greve por serem contra os planos de privatização dessas companhias, propostos pelo governo do Tarcísio de Freitas, do Republicanos. Os funcionários queriam negociar a liberação da catraca livre, proposta vetada pelo Tribunal do Trabalho da 2ª Região. A greve durou 24h.
Foto destaque: Metrô da linha 3, Vermelha, era um dos paralisados. Reprodução/Márcia Alves/Metrô SP