O Presidente Luiz Inácio Lula da Silva, durante o Fórum Empresarial Brasil-Portugual ocorrido nesta segunda-feira (24), voltou a tecer críticas à privatização da Eletrobras, realizada pelos governos anteriores. Lula chegou a afirmar que os novos gestores aumentaram o salário em R$ 300 mil. Ainda durante o evento, o presidente reafirmou que o Brasil “não vai vender empresas públicas”. Explicou também sobre a necessidade de atrair investimentos através de parcerias público-privadas.
Investidores celebram acordo firmado entre Brasil e Portugal. (Reprodução/Instagram)
Durante a agenda do presidente em Portugal, a Embraer (Empresa Brasileira de Aeronáutica S.A) fez o anúncio de um acordo para fabricação de um avião militar em território português. O acerto foi divulgado em um encontro que teve a participação do primeiro-ministro de Portugal, António Costa. O A-29N Super Tucano é um avião de ataque leve que atende os requisitos operacionais da Organização do Tratado do Atlântico Norte, a OTAN.
Lula já assinou até o momento treze acordos durante a passagem pela Europa. Entre eles, um ato de cooperação econômica entre a Agência Brasileira de Promoção de Exportações, a APEX Brasil e a Agência de Investimento e Comércio Externo de Portugal. O governo do Brasil também garantiu a equivalência dos diplomas universitários, assim como carteiras de motorista nos dois países.
Ainda durante o evento, o presidente Lula chamou de “absurdo” o valor salarial de R$ 200 mil para conselheiros da Eletrobras, pois segundo ele, “trabalham uma vez por semana”, destacou. A Eletrobras foi privatizada no ano passado, ainda no governo de Jair Bolsonaro. Lula criticou o fato de que, após a privatização, os novos gestores da empresa elevaram seus salários em R$ 300 mil. Ainda atacou interesse de governos passados em privatizar empresas para “pagar juros da dívida pública” e complementou “nós nos desfizemos do nosso patrimônio, que ficou menor, e a qualidade do serviço não melhorou”, frisou.
A poucos dias, um relatório da Eletrobras a investidores que compram papéis da empresa nos Estados Unidos, apontou que existiu contestação do processo e que há risco de ser revertido pelo governo Lula. Ainda no formulário, a Eletrobras informou que 23 ações já tramitam na Justiça, questionando o modelo de privatização adotado e formalizado na bolsa de valores de São Paulo, a B3.
Foto Destaque: Presidente Lula e primeiro-ministro português, António Costa. (Reprodução/Instagram)