Lula não usou faixa fraudada em posse

Júlia Sales Por Júlia Sales
3 min de leitura

De acordo com o site Fato ou Fake, a mensagem que está circulando nas redes sociais de que Luiz Inácio Lula da Silva usou uma faixa fraudada na posse realizada no domingo (01/01), pois é diferente da faixa usada pelo ex-presidente Jair Bolsonaro, é falsa.

A mensagem compartilhada por várias contas, inclusive a da atriz Regina Duarte, que fez parte do governo Bolsonaro, diz “Até a faixa é uma fraude! Alexandre de Moraes entrega faixa fake para o ladrão posar de presidente! Confira a diferença na imagem”.

Apesar da diferença entre as faixas presidenciais usadas por Lula e Bolsonaro, ambas são autênticas.  A faixa utilizada por Lula na posse deste ano é a mesma faixa também usada por ele em 2003 e 2007 quando assumiu a presidência. A faixa foi recebida em um ato simbólico, sem a presença do ex-presidente Jair Bolsonaro, que tradicionalmente deveria ser a pessoa a entregar a faixa.


Faixas presidenciais utilizadas respectivamente por Lula e Bolsonaro. (Foto: Reprodução/ Uol Notícias)


A faixa utilizada na posse de Bolsonaro foi comprada no governo Lula e foi usada pela primeira vez por Dilma, quando assumiu em 2011. Em 2015, quando reeleita, Dilma usou a mesma faixa utilizada por Lula.

O modelo utilizado por Lula foi adquirido por Fernando Collor de Melo em 1991, versão idêntica à utilizada anteriormente, desde o período de ditadura. Já o modelo utilizado por Bolsonaro foi encomendado no primeiro mandato de Lula, porém só ficou pronta em 2007, após muitas negociações e criticas ao preço, que acabou saindo por R$ 55 mil reais naquele ano.

Ao assumir em 2016 após o impeachment de Dilma, Michel Temer também utilizou a faixa comprada por Collor.

Apesar de Bolsonaro só ter sido visto utilizando a faixa comprada por lula, os dois adereços são mantidos em cofre durante todo o tempo em que não são utilizadas, em posses presidenciais de quatro em quatro anos e em solenidades do Dia da Independência.

Foto destaque: Lula durante posse presidencial em primeiro de janeiro de 2023. Foto: Reprodução/ JOTA.

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