Emmanuel Macron, presidente francês e célebre personalidade na União Europeia, chegou nessa Quarta Feira (05/04) a Pequim acompanhado de Ursula von der Leyen, chefe da Comissão Europeia, para iniciar tratativas de ordem econômica e, ainda, discutir sobre a Guerra da Ucrânia. O governo francês vê a visita do presidente como uma chance vital de vir a pressionar o governo chinês em se aplicar à mais medidas de poder trazer paz na região.
Macron pousou no final dessa tarde em Pequim (segundo o horário local), ainda não se sabe quando Ursula chegaria à capital. Enquanto isso, o presidente e sua delegação formado de 50 líderes empresariais tem reunião marcada com Xi Jinping e outros altos funcionários amanhã (quinta-feira, 06/04), prévio a uma reunião marcada entre Ursula e o líder chinês no final do mesmo dia, de acordo com uma fonte da CNN.
Em meio à contínua urgência da guerra da Rússia na Ucrânia, a Europa corre em busca de encontrar um caminho para a paz. Uma esperança fomentada pelo próprio Macron que por meses anteviu que a visita à China poderia vir a desempenhar um papel vital na resolução do conflito.
Ursula von der Leyen ao lado de Emmanuel Macron (Foto: Reprodução / Deustschland.de)
Através da visita de Macron em Pequim, os líderes europeus vêm visando possibilidades de como conduzir seu frágil relacionamento com Pequim, pois se encontra no impasse de lidar de um lado com um importante parceiro comercial de toda a União Europeia, e também um potencial rival no presente conflito, pela China nutrir laços bem estreitos com Moscou e sua política externa ser reconhecida por sua agressividade.
Porém, para Pequim, essa chance de nutrir uma relação diplomática dupla deve vir a oferecer a chance do governo chinês de consertar essa imagem, em sua busca de se reconectar politicamente com o mundo e reviver sua economia doméstica, ainda mais no pós-período pandêmico e as graves restrições prejudiciais que trouxeram para a população chinesa.
Tudo entra na balança de como o governo de Xi Jinping irá se posicionar com a Europa, quanto à situação da guerra na Ucrânia. Pequim já havia reivindicado sua neutralidade no conflito, porém, não condenou a invasão da Rússia, pelo contrário, reforçou os laços econômicos e diplomáticos com seu aliado.
Nos últimos dias, Macron e Ursula já tiveram uma conversa com Volodymyr Zelensky, presidente ucraniano selando uma promessa de que a Ucrânia seria um “tópico importante” das reuniões a serem realizadas em Pequim. O presidente dos EUA, Joe Biden, também está ciente e mostrando seu apoio à visita de Macron depois que ambos conversaram sobre a mesma na última terça-feira durante uma ligação.
Foto Destaque: O presidente da França, Emmanuel Macron, chega a Pequim (Reprodução / CNN)