Macron recebe sinal verde da Assembleia Nacional da França para reforma da previdência

João Grun Por João Grun
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O presidente da França, Emmanuel Macron, recebeu, nesta segunda-feira (20), um voto de confiança da Assembleia Nacional. Com isso, a reforma da previdência proposta pelo governo atual, adotada por decreto, foi aprovada pelo Legislativo para entrar em vigor.

Agora, a oposição do governo deverá recorrer ao sistema judicial para impedir que a medida seja implementada. Na última semana, milhares de franceses foram para as ruas para protestar contra a reforma proposta por Macron, que aumenta a idade mínima de aposentadoria para 64 anos, anteriormente a idade mínima era 62 anos. Além do aumento da idade mínima, o projeto de Macron também prolonga os anos de contribuição necessários para ter acesso à pensão integral, o período foi de 42 para 43 anos. 

Todas as medidas do decreto de Macron serão implementadas a partir de 2027.

Além de aumentar os períodos de contribuição para todas as profissões, a reformulação mexe, especificamente, nos trabalhos mais penosos, como garis, bombeiros e enfermeiros. Os profissionais desse segmento podem se aposentar antes das outras categorias, mas com as mudanças implementadas, a idade mínima para a aposentadoria também foi aumentada de 57 para 59 anos. 


Assembleia em discussão sobre o decreto de Macron. (Reprodução/REUTERS/Gonçalo Fuentes) 


Para Macron e o governo atual, o maior objetivo das mudanças da reforma da previdência é para a França conseguir desenvolver uma base financeira mais firme ao longo prazo. O presidente usa de justificativa, para aumento nas idades de colaboração, o aumento da expectativa de vida dos franceses e a diminuição da proporção de trabalhadores para aposentados.

A oposição, incluindo os sindicatos, criticam a necessidade de urgência da reforma proposta por Macron. Eles dizem que a reforma é um ataque ao direito de aposentadoria e sobrecarregando a população de forma injusta. Além de criticar a reforma, os oponentes colocam as novas medidas como uma forma de contornar a recusa do presidente de aumentar os impostos sobre os ricos. 

 

Foto Destaque: Emmanuel Macron. (Reprodução CNN)

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