Mãe indiana consegue condenação de estuprador ‘morto’ da filha

Afernandes Por Afernandes
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Esta é uma notável história de perseverança de uma mulher frágil que morava em uma cabana na aldeia da família Modi. Em uma bela manhã do ano de 2022, uma mãe indiana recebeu uma notícia um tanto quanto nada agradável. O homem que havia sido acusado de estuprar sua filha foi declarado morto pelas autoridades do estado de Bihar, e que o processo que havia contra ele teria sido arquivado.


 

Foto: Atestado de óbito de Niraj Mode que foi cancelado pela justiça.  (Reprodução/o globo).


Niraj Modi, tinha 39 anos de idade, e era professor em uma escola governamental do estado de Bihar, ao norte da Índia. Ele havia atacado a menina quando ela encontrava se sozinha em um canavial.

O estuprador ameaçou a garota de 12 anos de idade, que era sua aluna em 2018, afirmando que havia filmado o ataque e que iria publicar o vídeo nas redes sociais. Modi foi preso pouco tempo depois que a mãe da garota apresentou uma queixa à polícia, sendo solto dois meses depois do crime após pagamento de fiança. Considerado culpado pela justiça, Niraj foi condenado a 14 anos de prisão, e foi indiciado a pagar uma indenização de 300 mil rúpias (U$$ 3.628 dólares cerca R$ 18,7 mil reais) para a vítima.

O professor para evitar sua condenação forjou sua própria morte em fevereiro de 2022, e passou a esconder se. Tudo ocorreu 60 dias após a justiça determinar a pena para o crime cometido. Dois homens um era Niraj e o outro era seu pai um agricultor chamado Rajaram Modi, chegaram a um campo de cremação as margens do sagrado rio Ganges na Índia, para realizar um ritual fúnebre hundu. Eles construíram uma pira no solo, um deles deitou sobre ela cobriu se com um manto branco. O outro empilhou mais lenha sobre ele deixando apenas a cabeça de fora. Foram tiradas varias fotos da cena. O pai dele emitiu a informação da morte do filho  ao tribunal e as autoridades em dois meses expediram um atestado de óbito.

A mãe inconformada com a informação e determinada a conseguir a todo custo a punição do estuprador, questionou a afirmação e resolveu ir em busca da verdade. Para ela era difícil aceitar como ela havia passado três anos viajando até o tribunal para provar que ele havia atacado e violentado sua filha e que fosse punido. De repente seu advogado chega e diz que ele morreu. Segundo ela era impossível um homem desaparecer no ar assim.  Ela questionou em um costume indiano em que existem rituais após a morte, se ele havia mesmo morrido por que, não houve os rituais. A mãe sedenta pela verdade foi ao tribunal com uma petição para investigar o caso, pois o conselho da aldeia havia emitido um atestado de óbito falso, e que deveria ser investigado. Se ele havia morrido onde estava a foto da cremação?

 A justiça investigou e descobriu que  os moradores das 250 casas visitadas não sabia da morte de Niraj, e nem de seu paradeiro e que os cinco números exclusivos de identidade biométrica usados como testemunhas no documento do óbito eram  documentos de pais de ex-alunos seus que havia falsificado a assinatura para conseguir o atestado de óbito do conselho na aldeia.

O atestado de óbito foi cancelado e o pai de Niraj Mode, foi preso acusado de falsificação, fraude e desonestidade.  o caso foi reaberto pela justiça que alegou que havia sido “enganada e induzida ao erro” para que o acusado pudesse “escapar impune”. Niraj, entregou-se justiça nove meses depois. Pai e filho agora enfrentam acusações relativas ao falso atestado de óbito.

Foto destaque: Mae indiana estava determinada a conseguiu punição para estuprador de sua filha. (REPRODUÇÃO/Getty imagens)

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