Mãe recorda acidente em Capitólio quando reencontrou seus filhos feridos

Diogo Nogueira Por Diogo Nogueira
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Em um dia de sábado (8), no Lago de Furnas, com tempo nublado e ainda antes de meio-dia, haviam embarcações enfileradas para chegar aos cânios. Algo de errado começou a ser notado por turistas, que avisaram para quem estava mais perto onde tudo aconteceu, porém não houve ação das pessoas.

Andréa Mendonça, uma turista em Capitólio lembrou: “Eu olhei pra cima da rocha, da montanha, estava caindo algumas pedrinhas, fiz um comentário com o piloto de lancha e ele disse que não era nada, que eram só algumas pedrinhas. Só que a hora que voltei a olhar novamente já estava caindo aquela rocha enorme, aquele pedaço enorme de rocha, e eu olhei aquele tanto de lancha, embaixo, uma cena horrível.”

Os bombeiros chegaram ao local em determinada hora, mas os sobreviventes já tinham sido resgatados pelos próprios profissionais nas embarcações da região.

O Júnior, um dos profissionais, conhecido como PIT, estava com um grupo de turistas e conseguiu ajudar em torno de sete pessoas. “Elas estavam todas machucadas e foi na hora que entrei e vi que tinham várias pessoas na água gritando, pedindo socorro”, relatou Júnior.

Na hora do acidente, estima-se que entre 70 e cem pessoas estivessem na área dos cânions. De acordo com a equipe de bombeiros, todas as pessoas que morreram estavam na mesma lancha, que se chamava Jesus. Até o momento, são pelo menos dez mortes em Capitólio, Minas Gerais.

Uma enfermeira chamada Jane Freitas, prestou socorro a algumas crianças que foram resgatadas. A profissional de saúde lembra: “A gente colocou algumas vítimas dentro da nossa lancha, não deu pra colocar muitas pessoas, porque a capacidade estava no limite. E aí a gente três crianças e seguiu para o restaurante flutuante para levar essas crianças para ajudar elas. E chegando lá a gente já colocou um menino que parecia ter uma fratura na perna, e as colegas que estavam comigo saíram para procurar o material para estancar sangramento, imobilizar a perna do garoto. Ele chorava muito, e pedia muito pelo pai.”

O menino atendido é o Mateus, filho de uma mulher chamada Ana. Ela e a irmã também ficaram feridas, levando 200 pontos na cabeça.


Ana Costa, mãe de seu filho Mateus e fotógrafa, contou suas versões da tragédia de Capitólio. (Foto: Reprodução/Globo)


“Eu lembro que vi a rocha caindo, veio uma onda preta em cima do barco. A gente afundou, mergulhou, ai nessa hora eu falei: ‘Vou morrer'”, contou a fotógrafa Ana Costa.

Seu reencontro emocionante com os filhos se deu mais tarde, quando já estavam em terra firme, pois grupos foram separados equanto se encontravam no oceano.

“Eu coloquei esse aqui em um pedacinho de lancha que veio boiando e falei: ‘Bate o pé para pedra’. O Breno (filho) falava com as pessoas na lancha dele: ‘Vai buscar minha mãe’. As pessoas não voltavam e a gente tinha pessoas graves com a gente também. Então, assim a prioridade era deles naquele momento”, relatou a farmacêutica Priscila Laender.


Mãe lembra acidente que impactou todo o Brasil, e o alívio do reencontro com seus filhos. (Foto: Reprodução/Globo)


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Uma investigação está em andamento para descobrir o motivo da tragédia ter ocorrido. A Defesa Civil de Minas Gerais havia emitido no mesmo sábado um alerta de chuvas intensas por volta das 10h20, com possibilidade de cabeça d´agua, e orientou a todos que evitassem a cachoeira.

Foto em destaque: Destinos Notáveis

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